Mapeamento de áreas com potencial de contaminação por uso de agrotóxicos e o panorama das intoxicações exógenas no noroeste do Rio Grande do Sul
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Date
2021-05-27Primeiro coorientador
Toebe, Marcos
Primeiro membro da banca
Malgarejo, Leonardo
Segundo membro da banca
Benedetti, Ana Caroline Paim
Metadata
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As atividades agrícolas desenvolvidas com o uso de agrotóxicos podem causar contaminação do solo, água e dos seres humanos. Quando encontrado nas águas superficiais e subterrâneas utilizadas para abastecimento e diversos fins, os agrotóxicos podem desencadear intoxicações exógenas aguda ou crônica nos seres vivos. O objetivo desse estudo foi avaliar a vulnerabilidade à contaminação das águas ocasionada pelo uso de agrotóxicos através de uma base de dados com informações dos tipos de solo, das principais culturas, os principais agrotóxicos e suas características e, utilizar as geotecnologias para mapear os resultados conforme a área agrícola dos municípios; em paralelo, a pesquisa objetivou, construir o panorama das intoxicações exógenas quanto a diversas classes e indicadores, com a finalidade de investigar a situação das causas de intoxicações por agrotóxicos e produtos químicos. A base de dados formada para municípios da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi utilizada para a realização do estudo do potencial dos agrotóxicos serem lixiviados para as águas subterrâneas, superficiais ou ser transportados dissolvidos em água, assim como a estimativa de adsorção e mobilidade dos agrotóxicos no solo, respectivamente, por meio do índice Groundwater Ubiquity Score (GUS), método de GOSS e Fator de Atenuação e Retardo (AF/RF). Para o panorama das intoxicações exógenas foi estruturada uma base de dados com fontes do DataSUS, Censo Demográfico, Censo Agro e Produção Agrícola Municipal (PAM) e a partir da utilização do software R foi aplicada a correlação de Pearson entre as variáveis e gerados gráficos para análise dos dados. Os resultados indicam que os agrotóxicos que devem ser prioritariamente monitorados são: atrazina, 2,4-D, imidaclorprido, simazina e protioconazol, por apresentarem classificação de risco médio/alto nos modelos aplicados. Contudo, a vulnerabilidade ecológica do agronegócio e voracidade econômica põe em risco a população que utiliza qualquer agrotóxico, sendo estes correlacionados com o aumento do consumo de medicamentos, incluindo também casos de intoxicações. Em relação ao panorama das intoxicações exógenas, as intoxicações ocorreram de maneira acidental, em ambiente trabalhista com exposição aguda-única, ocorrendo com maior incidência em dez anos nos municípios de Tenente Portela, Alpestre e Novo Tiradentes. Do total de 341 intoxicações registradas, 175 intoxicações são provenientes de agrotóxicos (herbicidas, fungicidas e inseticidas) e produtos químicos. Dessa forma, destaca-se a necessidade de desenvolvimento de programas de iniciativa pública que contemplem assistência técnica de forma a minimizar o impacto do uso de agrotóxicos no meio ambiente e na saúde humana.
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