Feminilidades negras: um estudo de relações espaciais paradoxais
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Data
2020-02-06Primeiro membro da banca
Paixão, Márcia Eliane Leindcker da
Segundo membro da banca
Silveira, Marta Iris Camargo Messias da
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Mostrar registro completoResumo
O trabalho sai da seguinte questão: “Como a negritude enquanto elemento constituinte das interseccionalidades de diferentes feminilidades produzem relações espaciais paradoxais?” Vive-se hoje uma ruptura, ou porque não dizer, um ‘borramento’ do que seria a construção da identidade da mulher negra e sua busca por emancipação, seja ela intelectual, financeira, afetiva e, principalmente, política. O presente trabalho apresentará discussões sobre feminismo e feminismo negro, fazendo um percurso da história da identidade negra feminina no Brasil e no mundo, esclarecendo o conceito de raça para compreender como condições de interseccionalidades produzem relações espaciais paradoxais para diferentes feminilidades, pois há um passado de escravização que interfere ainda na atualidade na produção espacial dessas mulheres negras. As relações espaciais na perspectiva de uma geografia de gênero, envoltas por um cotidiano que hora surpreende e hora sufoca, tendo como enfoque a questão interseccional, ressaltando a ideia que a identidade da mulher negra é múltipla e atinge variados níveis de opressão, além do racial, de gênero, social, dentre outros. Desse modo, o presente trabalho não é uma mera dissertação fadada à academia, mas, sim, busca envolver minha própria identidade negra que quer compreender os motivos de exclusão, alienação e discriminação da mulher negra, avaliando de que modo essas pessoas (nós), quando tomam consciência de sua situação política e afetiva na sociedade, nos espaços de poder e na militância, acabam sendo ‘empurradas’ para produção de espaços em que tenham voz e vez, dentro de um sistema patriarcal, racista e desigual.
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