A (Sobre) Vivência de Pierina: um retrato feminista da mulher rural através do documentário de representação social
Fecha
2021-08-20Autor
Bertoldo, Elibia Catarina Mainardi
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Este projeto experimental tem como objetivo geral produzir um documentário de representação social sobre a história de vida, a rotina, as conquistas e os desafios da mulher rural, a partir de uma perspectiva feminista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que se utiliza da metodologia etnográfica, que me orientou ao contexto da protagonista para maior interação e compreensão. A inspiração etnográfica foi complementar à metodologia de história de vida, explorando os aspectos pessoais e profissionais da sua trajetória enquanto mulher rural. No percurso teórico do terceiro capítulo, desenvolve-se aspectos históricos e técnicos sobre o audiovisual, a partir das elucidações de alguns dos autores da área, tais como
Bill Nichols (2005), Gustavo Soranz Gonçalves (2006), Sheila Curran Bernard (2008) e Sérgio Puccini (2009). As questões que implicam desigualdade de gênero na sociedade, a saber: a divisão sexual do trabalho, o empoderamento feminino e o espaço público e privado; fazem parte do desenvolvimento teórico do capítulo quatro, referenciado por grandes nomes da pesquisa na área, como Flávia Biroli (1975), Joice Berth (2016), Cecília M.B. Sardenberg (2009), Maria Helena Santana Cruz (2018) e Sofia Aboim (2012). Como resultado, obteve-se
um documentário de representação social com a duração de 36 minutos, tendo como protagonista a agricultora Pierina Lira, que discorre sobre sua história de vida, elucida quais os papéis que ocupa na propriedade e descreve como dá-se a relação com o marido - constantemente referenciado como “ele” -, assim revelando suas tristezas, suas conquistas e suas alegrias para a câmera. Com o término do trabalho é possível inferir que Pierina encaminha-se para o empoderamento em diferentes esferas, com maior grau na cognitiva e na
econômica e menor grau na psicológica e na política. Outra consideração é que a divisão sexual do trabalho acontece na propriedade sem que Pierina reconheça como trabalho as atividades que envolvem o cuidar. Por fim, nota-se a dificuldade em separar o espaço público do privado, uma vez que as atividades de um alimentam a existência do outro, e de que a existência do público torna a permanência no privado mais suportável.
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