Potencial valorização do lodo de estação de tratamento de esgoto como matéria prima para produção de blocos cerâmicos
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Data
2021-04-26Primeiro coorientador
Martinez, Erich David Rodriguez
Primeiro membro da banca
Segadães, Ana Maria Bastos da Costa
Segundo membro da banca
Fiori, Márcio Antônio
Terceiro membro da banca
Cruz, Robinson Carlos Dudley
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O lodo de esgoto é um resíduo amplamente produzido e está diretamente ligado ao crescimento populacional
e ao desenvolvimento econômico. As estações de tratamento de águas residuais são responsáveis pela geração
do lodo de esgoto que é classificado como resíduo não perigoso classe II-A (não inerte), de acordo com a
NBR 10004 (2004a) e é comumente descartado em aterros sanitários. Um caminho alternativo para a sua
destinação é o uso como matéria prima na produção de cerâmicas vermelhas, onde baixos teores (< 5%)
permitem obter produtos de qualidade adequada e comparável aos que estão disponíveis no mercado
atualmente. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é avaliar os efeitos da inclusão do lodo de esgoto em
bases argilosas utilizadas como matéria prima na produção de blocos cerâmicos estruturais. Diferentes teores
de lodo de esgoto em substituição de argila (de 0% a 15% em peso seco) foram estudados e a umidade das
misturas foi adaptada de acordo com a variação do comportamento reológico apresentado por cada mistura.
As misturas otimizadas foram utilizadas na produção de blocos por extrusão em escala reduzida (1:5). Foram
avaliadas propriedades físicas e mecânicas dos blocos após a queima, determinando a estabilidade
dimensional, absorção de água, densidade e resistência à compressão e os resultados comparados com os
limites recomendados pelas normas brasileiras pertinentes. A adição de lodo de esgoto influenciou na
diminuição da resposta elástica do material, tendo efeito no processo de extrusão e requerendo maior umidade
nas misturas. A retração linear total após secagem e queima, bem como a absorção de água, estiveram dentro
dos limites exigidos para blocos cerâmicos para todos os teores de lodo. Os resultados para a resistência à
compressão dos blocos calcinados também demonstram que a incorporação de até 15% de lodo de esgoto na mistura de argila é viável para a produção de blocos de cerâmica extrudados.
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