Fadiga, capacidade funcional e qualidade de vida em pacientes com câncer durante o tratamento quimioterápico
Fecha
2020-08-21Primeiro membro da banca
Bergmann, Anke
Segundo membro da banca
Pivetta, Hedioneia Maria Foletto
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a incidência do câncer aumentou 20% na última década e estima-se que surgirão 600 mil novos casos por ano em 2018 e 2019. Além disso o CA é considerado a segunda principal causa de morte no mundo, com custos relacionados ao tratamento estimados em 150 bilhões de dólares para 2020. A sua disseminação no organismo é um processo complexo e ainda não bem estabelecido, O tratamento principal para pacientes oncológicos inclui cirurgia, quimioterapia (QT), radioterapia (RT). A QT, uma das principais escolhas para tratamento, geralmente é bem tolerada pela maioria dos pacientes, mas possui muitos efeitos colaterais, que aumentam significativamente a fadiga e reduzem capacidade funcional e qualidade de vida relacionada à saúde. Objetivo: Investigar as alterações da fadiga, capacidade funcional e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com câncer. Método: Foram avaliados pacientes de 35 a 70 anos de idade, com diagnóstico de câncer, que estivessem em atendimento no Ambulatório de Quimioterapia do Hospital Universitário de Santa Maria e no Centro de Infusão de Reumatologia e Oncologia do Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo, por meio de questionário sociodemográfico, qualidade de vida (EORTC QLQ - C30), fadiga (FACT-F e EAF) e capacidade funcional (WHODAS), além de testes de capacidade funcional (Teste Senta-Levanta e Teste de Marcha Estacionária de 2 minutos). Foram excluídos pacientes que apresentassem trombose venosa, linfedema, plegia, paresia de MMII, que dificultassem a realização dos testes; com problemas de cognição diagnosticados; que necessitassem interromper o tratamento de quimioterapia e os que auto-referissem doenças reumatológicas, musculoesqueléticas, bem como trauma de MMII prévios à cirurgia. Os indivíduos responderam os questionários antes dos primeiro, segundo, terceiro e quarto ciclos de QT. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Office Excel e foi utilizado o Teste de Friedman para comparar os escore de fadiga, capacidade funcional e qualidade de vida entre a baseline e os ciclos de quimioterapia. O Teste de Wilcoxon foi realizado para comparação post-hoc de par-a-par. Em todos os testes, adotou-se p≤0,05. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS 22.0. Resultados: foram avaliados 7 pacientes, a maioria mulheres, com câncer de mama e o grupo mostrou-se homogêneo quanto aos dados sociodemográficos. Os pacientes apresentaram alteração na capacidade funcional, tanto nos testes de marcha estacionária de 2 minutos (p<0,002 e ES 1,409), no senta-levanta (p<0,002 e ES 1,330), mas este resultado não foi observado na avaliação da funcionalidade (WHODAS). Na variável fadiga (FACT-F e EAF), não foram encontradas diferenças entre nenhum dos ciclos de QT. Para variável QVRS (EORTC QLQ C30), apenas a subsescala funcional apresentou diferença significativa (p<0,009, ES 1,174), já as subescalas de sintomas e saúde global não apresentaram nenhuma diferença. Conclusão: Os achados permitem inferir que, para a amostra avaliada, a autopercepção de qualidade de vida e fadiga não foram afetadas durante a quimioterapia, mas a capacidade funcional reduziu significativamente no decorrer dos ciclos.
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