O uso do estufim e a sazonalidade na produção de mudas de materiais genéticos recalcitrantes ao enraizamento
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Data
2021-02-22Primeiro membro da banca
Valente, Brígida Maria dos Reis Teixeira
Segundo membro da banca
Kelling, Mônica Brucker
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo geral desta pesquisa é avaliar o efeito do manejo do minijardim clonal sobre os
índices de produtividade de minicepas, sobrevivência, enraizamento de miniestacas e qualidade
fisiológica de minicepas dos gêneros Corymbia e Eucalyptus, nas diferentes estações do ano. A
pesquisa foi realizada na Empresa CMPC - Celulose Riograndense, localizada na cidade de
Barra do Ribeiro, RS. O experimento foi conduzido em delineamento blocos ao acaso em
esquema fatorial com parcelas subdivididas, sendo a parcela principal composta por dois tipos
de manejos de minijardim clonal (com e sem estufim) e na subparcela dois clones (Eucalyptus
saligna e Corymbia torelliana x Corymbia citriodora). O clone de E. saligna, serviu como
referência tendo em vista ser um clone produzido comercialmente. Em cada coleta foi realizada
a avaliação de produtividade das minicepas. Aos 30 dias após o estaqueamento, foi avaliada a
sobrevivência e aos 45 dias a porcentagem de enraizamento das miniestacas. Paralelamente, as
minicepas foram avaliadas quanto à produção de peróxido de hidrogênio (H2O2). Em todas as
estações foi avaliada as variáveis ambientais de temperatura e umidade relativa do ar. O estufim
promoveu aumento da temperatura e umidade relativa do ar em todas as estações avaliadas. As
minicepas do híbrido C. torelliana x C. citriodora, quando conduzidas em ambiente com
estufim, apresentaram aumento da produtividade (miniestacas/m²/mês) em todas as estações,
resultado que ficou menos evidente para E. saligna. Além disso, a produtividade do híbrido é
expressivamente superior ao do clone comercial E. saligna. Após condução das miniestacas ao
enraizamento, a sobrevivência foi reduzida, principalmente, nas estações mais quentes, nesse
caso com maior intensidade para o clone do híbrido. Consequentemente, o enraizamento desse
material genético foi expressivamente reduzido no verão, quando as estacas foram coletadas
em minijardim clonal com estufim (MJC Ce). Por outro lado, no inverno, coleta de estacas no
MJC Ce foi favorável ao enraizamento de ambos os clones, ainda que a baixa taxa do híbrido
não permita considerá-lo um clone comercial (enraizamento mínimo 60%). A redução da
temperatura, associada ao aumento do enraizamento são indicativos de que temperaturas
elevadas são menos favoráveis para coleta e que o uso do estufim deve fazer parte do manejo
durante o período de baixas temperaturas (inverno), independente do clone. De modo geral, os
resultados sugerem que, em regiões subtropicais, o uso de estufim seja priorizado nos seis meses
de mais baixas temperaturas, e não necessariamente de acordo com a estação, período que a
variação da temperatura é ampla. Tecnicamente recomenda-se a utilização do estufim para a
produção de mudas via miniestaquia, sob mais baixas temperaturas para ambos os clones, como
modo de possibilitar maior rendimento de mudas disponíveis à expedição.
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