Adaptação de redes coletoras de águas pluviais para sistemas coletores unitários utilizando o Sistema de Coleta, Transporte e Tratamento de Esgotos Sanitários de Rosário do Sul – RS como objeto de pesquisa
Resumo
Apesar de muitas cidades no Rio Grande do Sul estarem carentes de sistemas de
esgotamento cloacal, a grande maioria já possui esgotamento pluvial. Sabe-se também que a
implantação de redes de esgotamento cloacal é indispensável, porém, o sistema separador absoluto,
que é o sistema convencional adotado no Brasil, necessita de altos investimentos. Esta situação leva
a busca de alternativas para a condução dos esgotos domésticos de forma mais econômica. Uma
alternativa interessante seria a transformação das redes pluviais existentes em redes coletoras
unitárias, ou seja, redes que transportem tanto água da chuva quanto esgoto cloacal não tratado.
Entretanto, esta adaptação não pode acontecer sem que suas vantagens e desvantagens sejam
avaliadas mediante estudo aprofundado.
Para tanto, deve-se buscar um sistema unitário existente que sirva como objeto de pesquisa.
No contexto do saneamento no Rio Grande do Sul, tem-se o sistema de esgotamento
sanitário de Rosário do Sul como um dos mais antigos já implantados, e um dos únicos do estado
que possui rede coletora do tipo unitária. Esse é o exemplo necessário para que se possa fazer a
análise da possível transformação de redes coletoras de esgoto pluvial em redes unitárias.
Dentro desta proposta, duas análises básicas devem ser feitas: que adaptações devem ser
feitas na rede pluvial; e que tratamento deve ser implantado ao final dessa rede, já que o esgoto,
neste caso, é misto.
Este artigo visa demonstrar a viabilidade de se fazer estas análises frente aos dados técnicos
coletados junto a Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN.