O patrimônio histórico sob a ótica dos grupos étnicos no Rio Grande do Sul (1980-2000)
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Fecha
2019-08-30Primeiro membro da banca
Oosterbeek, Luiz Miguel
Segundo membro da banca
Tedesco, João Carlos
Terceiro membro da banca
Remedi, José Martinho Rodrigues
Quarto membro da banca
Borin, Marta Rosa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho procura estabelecer relações entre o patrimônio e a memória a partir da análise dos processos de tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), comparando as informações dos processos com os dados obtidos através da aplicação de novecentos questionários em nove cidades do Estado do Rio Grande do Sul, além da realização de entrevistas com os moradores dos municípios escolhidos. As cidades onde o trabalho foi realizado foram selecionadas por terem em comum o fato de possuírem bens tombados em razão de critérios étnicos; assim, os questionários e entrevistas foram realizados nas seguintes cidades: Bento Gonçalves, Erechim, Farroupilha, Flores da Cunha e Nova Prata, onde os bens tombados foram valorizados por sua relação com a imigração e cultura italiana; Itaara (Santa Maria), com um bem tombado ligado a imigração judaica e São Leopoldo, Santa Cruz do Sul e Ivoti com bens ligados a imigração e a cultura alemã. O patrimônio é constantemente associado à memória pelos que se dedicam a pesquisar o tema, no entanto, mensurar e quantificar essa relação revela-se um processo mais moroso e ainda pouco relatado. Da mesma forma, muitas pesquisas se dedicam a estudar os processos de tombamento e as políticas dos órgãos relacionados, associando patrimônio e memória conforme as políticas desenvolvidas pelos agentes do Estado; as consequências dos processos tombamento, sua influência na memória e no cotidiano dos habitantes das cidades muitas vezes escapam do escopo das pesquisas. Embora a concepção hegemônica de patrimônio esteja ligada a materialidade e a antiguidade dos bens, os dados obtidos no presente trabalho indicam que em algumas cidades os bens relacionados ao patrimônio natural e manifestações do patrimônio imaterial estão presentes na memória dos habitantes; em alguns casos, o patrimônio oficial não foi citado por aqueles que responderam aos questionários e concederam as entrevistas, o que pode levar ao questionamento da influência do patrimônio oficial na memória.
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