Potencial antiproliferativo e genotóxico de extratos aquosos de Stevia rebaudiana bertoni pelo teste Allium cepa L sob diferentes aplicações de glifosato

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Data
2021-08-31Primeiro membro da banca
Frescura, Viviane Dal Souto
Segundo membro da banca
Ubessi, Cassiane
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Algumas espécies vegetais da família Asteraceae, devido aos compostos secundários produzidos, possuem alto valor medicinal e econômico. A Stevia rebaudiana Bertoni (Bertoni), espécie dessa família, tem adoçantes naturais extraídos de suas folhas, principalmente o rebaudiosídeo e o esteviosídeo, os quais tem um poder adoçante cerca de 300 a 450 vezes maior que a sacarose. Essas substâncias são importantes, pois não são calóricas e podem fazer parte da dieta de pessoas com restrição ao açúcar. Além disso, possui propriedades antibacteriana, antisséptica, anti-inflamatória, hipotensora, diurética, cardiotônica e contraceptiva. O cultivo de S. rebaudiana é altamente sensível a competição com plantas indesejadas, sendo necessária a utilização de herbicidas para controle, e dentre esses tem-se o uso do glifosato, que é conhecidamente mutagênico. Esta pesquisa teve como objetivo analisar o potencial genotóxico e antiproliferativo de extratos aquosos das folhas frescas e secas de S. rebaudiana tratadas com diferentes aplicações de glifosato. A análise da genotoxicidade se deu pelo bioensaio in vivo de Allium cepa o qual possibilita averiguar alterações cromossômicas e o índice mitótico. O material vegetal utilizado para o teste in vivo foi cultivado em ambiente protegido, sendo divididos em cinco grupos (controle, plantas que receberam apenas água e plantas tratadas com glifosato diluído em água destilada, nas concentrações de 0,25 mL L-1; 0,5 mL L-1; 1 mL L-1 e 2 mL L-1) e, após 3 dias da aplicação, foram coletados. Os extratos aquosos foram preparados a partir da folhas frescas e secas de S. rebaudiana nas concentrações de 1,5 g L-1 e 3 g L-1 sendo que a água destilada e o glifosato 31,25 mL L-1 (1,5%) representaram os controles negativo e positivo, respectivamente. Para análise estatística dos índices mitóticos foi utilizado teste Qui-Quadrado (χ2) e para as alterações, foi utilizado o teste Scott & Knott, ambos com nível de 5% de probabilidade de erro. Conforme aumento da concentração, os extratos aquosos de estévia que receberam apenas água apresentaram índice mitótico menor que o controle negativo (água), exceto 1,5 g L-1 de folhas frescas. Os extratos tratados com as diluições do glifosato, também tiveram diminuição da proliferação celular, exceto 3 g L-1 que recebeu 0,5 mL L-1. Todos os extratos apresentaram aberrações cromossômicas, porém, nem todos diferiram significativamente da água. Os extratos de 1,5 g L-1 e 3 g L-1 de folhas frescas e 1,5 g L-1 de folhas secas de estévia, que receberam apenas água, apresentam potencial genotóxico. Dessa maneira, conclui-se que os extratos de 3 g L-1 de folhas frescas e 1,5 g L-1 e 3 g L-1 de folhas secas de estévia, que receberam apenas água possuem potencial antiproliferativo, assim como os extratos que receberam glifosato (exceto 3 g L-1 que recebeu 0,5 mL L-1). Dos tratamentos que receberam as diluições, são genotóxicos os extratos de 1,5 g L-1 de folhas frescas que receberam 1 mL L-1 e 2 mL L-1, 3 g L-1 de folhas frescas que receberam todas as diluições e os extratos de 1,5 g L-1 de folhas secas que receberam 0,25 mL L-1, 1 mL L-1 e 2 mL L-1.
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