Indicadores de qualidade de grãos de soja cultivada em terras baixas
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Data
2021-07-29Primeiro membro da banca
Brunetto, Gustavo
Segundo membro da banca
Grohs, Mara
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Mostrar registro completoResumo
O interesse no cultivo de soja em terras baixas, onde predomina a cultura do arroz irrigado,
tem aumentado, apesar de ser um ambiente desafiador que impõem fortes instabilidades à
cultura. A retomada dos esforços em torno do cultivo de soja em rotação de culturas com o
arroz irrigado está avançando, pois, a aplicação de estratégias mitigadoras dos diferentes
fatores limitantes ao crescimento das plantas de soja nos solos de terras baixas abre a
possibilidade de aumento do potencial de rendimento e qualidade de grãos da cultura. Ainda
há a carência de informação de composição de grãos de soja cultivada em terras baixas.
Assim, o estudo objetivou avaliar a influência de condições de cultivo de soja em terras
baixas sobre os parâmetros de qualidade dos grãos em relação à produtividade, aos teores de
proteína, carboidratos e cinzas, ao rendimento e à composição de óleo em termos de ácidos
graxos e à composição química dos grãos em termos de macro e micronutrientes. A
semeadura foi conduzida em terras baixas na Estação Regional de Pesquisa de Cachoeira do
Sul (RS) do Instituto Rio Grandense do Arroz, situada nas coordenadas geográficas: latitude
29º 43’23’’ Sul e longitude 53º 43’15’’ Oeste. Para os ensaios experimentais, as amostras de
grãos foram obtidas em diferentes condições de cultivo: cultivar DM 61I59 IPRO, safra
(2018/2019), 2 épocas de semeadura (novembro e dezembro), três níveis de adubação (médio,
alto e muito alto) e dois tipos de preparo de solo (escarificado e não escarificado). Os
parâmetros de produtividade se encontram em níveis satisfatórios, acima da média nacional,
apresentando bom potencial produtivo. A época de semeadura de novembro tende a
influenciar positivamente no rendimento de grãos e a escarificação do solo tende a contribuir
para maiores teores de proteína e óleo. Os carboidratos constituem os maiores percentuais de
conteúdo nos grãos. Em relação à composição do óleo, os principais ácidos graxos, como
ácido palmítico (C16:0) e ácido linoleico (C18:2) não tiveram influência dos tratamentos.
Porém, para o ácido oleico (C18:1), os percentuais mais representativos são relativos à época
de semeadura realizada em novembro. Os macronutrientes potássio (K), fósforo (P), magnésio
(Mg) e enxofre (S) e o micronutriente zinco (Zn) não apresentaram sensibilidade nos
tratamentos impostos. Para o nitrogênio (N) e o cobre (Cu), a escarificação do solo permite
maiores níveis de absorção pelos grãos de soja. No que se refere aos nutrientes ferro (Fe) e
manganês (Mn), os tratamentos não influenciaram significativamente de modo a ter
diferenças estatísticas a nível de significância de 95%. Os principais indicadores de qualidade,
como os teores de proteínas e óleo, apresentam teores médios em base úmida de 17,14% e
14,74%, respectivamente.
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