Previsão de safra de arroz e introdução de um submodelo de brusone no modelo SimulArroz
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Data
2020-05-25Primeiro coorientador
Costa, Ivan Francisco Dressler da
Primeiro membro da banca
Zanon, Alencar Junior
Segundo membro da banca
Ogoshi, Claudio
Terceiro membro da banca
Cera, Jossana Ceolin
Quarto membro da banca
Steinmetz, Silvio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os objetivos desta tese foram (i) adaptar uma metodologia de previsão de safra para arroz no Rio Grande do Sul – Brasil; (ii). Usar tempo hidrotérmico horário (HTT) para avaliar a variabilidade climática interanual e regional para o risco de ocorrência de brusone em arroz irrigado no Sul do Brasil. Para o objetivo (i) foi utilizada a metodologia de previsão de safra de Morell et al. (2016), e adaptada para arroz irrigado utilizando o modelo SimulArroz v1.1, dados meteorológicos atuais e históricos. Seis cenários foram utilizados considerando níveis de informação, alterando o número de datas de semeadura (1 a 4), número de ciclos e cultivares por safra (1 a 3) durante quatro estações de crescimento (2015 a 2018). A raiz quadrada média do erro (RQME) entre produtividade atual versus produtividade simulada para o Rio Grande do Sul variou de 618.3 kg ha-1 (8%) a 1024.8 kg ha-1 (13%). O cenário recomendado para realizar a previsão de safra de arroz foi o complexo 1, que utilizou 3 datas de semeadura e as 3 cultivares mais representativas em área, apresentando boa previsibilidade de safra (RQME = 618.3 kg ha-1 ou RQME (%) = 8). Para o objetivo (ii) um grande volume de dados foi coletado em múltiplos locais e anos no Sul do Brasil. Para cada combinação de ano x local x cultivar, o tempo hidrotérmico horário foi calculado utilizando temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento obtidos de estações meteorológicas próximas dos experimentos. A HTT foi correlacionada com o aparecimento dos primeiros sintomas da brusone em arroz para definir limites baseados na HTT. A HTT sazonal entre anos x locais variou de 5.1oC h-1 ano-1 a 725.3oC h-1 ano-1. O risco para brusone iniciou após a HTT atingir 33.6oC h-1, 66.8oC h-1 e 75.6oC h-1 desde primeiro de junho até a emergência do arroz (EM) e após a EM o risco iniciou ao atingir HTT igual ou maior a 12.5oC h-1, 55.3oC h-1 e 121.8oC h-1 para cultivares suscetíveis, médio-resistentes e resistentes, respectivamente. Através desses resultados, surge uma alternativa para manejo de fungicidas utilizando como base a soma hidrotérmica horária em ao invés do manejo baseado em calendário civil, pois através da HTT é possível identificar a variabilidade interanual e de cultivar, os dois fatores mais importantes em epidemias de brusone em arroz.
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