Entre Marias e Joões, muitas representações: o ensino de história e a construção das masculinidades e feminilidades nas revistas femininas nas décadas de 1940, 1950 e 1960
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Data
2021-09-27Primeiro membro da banca
Barbosa, Carla Adriana da Silva
Segundo membro da banca
Remedi, José Martinho Rodrigues
Metadata
Mostrar registro completoResumo
inscritas em nossa cultura e nos produtos que ela cria. Neste trabalho, serão analisadas as representações femininas e masculinas, ao longo das décadas de 1940, 1950 e 1960. Para isso, partiremos do material veiculado nas revistas voltadas para o público feminino, em especial, O Cruzeiro e Jornal das Moças, compreendidos aqui como influenciadoras de comportamentos. Nosso objetivo é trabalhar, na sala de aula, como os papéis de Mulher e de Homem foram construídos ao longo do tempo, suas rupturas e suas permanências. Pretende-se identificar também como contraponto, as formas como o movimento feminista tem atuado como influencia para o comportamento feminino e o masculino; na aceitação da presença das mulheres nos ambientes públicos e no mercado de trabalho; bem como sobre os modelos de maternidade e feminilidade padrão. O trabalho estará pautado nas discussões das autoras como Joan Scott, Simone de Beauvoir, Margareth Rago, Maria Izilda Matos, Joana Maria Pedro, Carla B. Pinsky. O estudo das colunas das revistas femininas (Jornal das Moças e O Cruzeiro) será feito por meio da análise das Caixas da Memória, disponibilizadas para cada década estudada. Cada caixa irá conter as seguintes fontes-variáveis históricas: Jornal; Moda; Música, Cinema e Personalidades Importantes; Propagandas e os Trechos das Colunas. Todo o material estará disponível para análise do(as) alunos(as) em um site criado para a atividade. O trabalho está inserido dentro da aula-oficina apresentada pela historiadora Isabel Barca, que defende que o(a) professor(a) deve ser o(a) mediador(a) do conhecimento. E que cabe aos alunos e alunas serem protagonistas do seu aprendizado. Ao finalizar o estudo de todo material, propomos aos educandos e educandas, que escolham a década que mais lhe aguçou a curiosidade para desenvolver um Lapbook (livro de dobraduras ao estilo de um mapa mental em 3 dimensões) com as principais informações sobre os estereótipos masculino e feminino da década que foi escolhida. O principal objetivo do trabalho é fazer com que as/os alunas(os) compreendam que determinados comportamentos, hoje naturalizados, foram criados e reafirmados ao longo do tempo, e que permanecem presentes em nossa sociedade. E que tais comportamentos estão, portanto, entre os geradores de vários problemas enfrentados em nossa atual realidade. E cabe a eles e elas, romperem com as amarras, do que é ser Homem e ser Mulher no século XXI.
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