Este estudo tem como objetivo geral analisar a produção do conhecimento científico a respeito da relação entre racismo e estresse no Ensino Superior brasileiro. O trabalho encontra-se dividido em dois artigos científicos correspondentes a cada um dos objetivos específicos estipulados. O primeiro artigo, respectivo ao primeiro objetivo consiste em um panorama geral do processo de colonização do Brasil, indo dos anos de 1500 até 1888, e esboçando as reverberações do período de pós-abolição. Portanto, no decorrer do primeiro artigo partimos do ano de 1500 com a chegada dos portugueses no território do atual Brasil, perpassando pelo processo de escravização indígena, perpassando pelo tráfico negreiro, pela escravização dos negros africanos. Após, destacamos as quatro principais leis que levam a abolição da escravidão no Brasil (Lei Eusébio de Queiroz, 1850; Lei do Ventre Livre, 1871; Lei do Sexagenário, 1885; Lei Áurea, 1888). O segundo estudo refere-se a uma revisão sistemática realizada nas bases de dados Scielo, PePSIC, e LILACS, a respeito da relação existente entre o racismo e o estresse no ensino superior brasileiro. Foram encontrados 16 artigos, sendo que apenas quatro atenderam aos critérios escolhidos. Destes quatro artigos selecionados foi possível verificar que nenhum abordava a questão do ensino superior, os artigos encontrados abordavam questões a respeito apenas do estresse relacionado ao racismo. Significando assim que a área da psicologia que se dedica a estudar as questões raciais precisa se direcionar o seu olhar para o campo das questões que envolvem o estresse e o racismo no ensino superior brasileiro.