Associação de piretroides nanoencapsulados ou não com sinergistas para o manejo da resistência de Chrysodeixis includens (WALKER) e Euschistus heros (F.)
Fecha
2022-02-18Primeiro membro da banca
Bernardi, Daniel
Segundo membro da banca
Fraceto, Leonardo Fernandes
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O percevejo-marrom, Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae), e a lagarta falsamedideira, Chrysodeixis includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae), são os principais
insetos-praga da soja na América do Sul. O controle químico é a principal estratégia para
manejo dessas espécies, entretanto, uma baixa suscetibilidade a piretroides foi relatada no
Brasil para ambas as espécies. No primeiro estudo, avaliou-se a adição dos sinergistas
butóxido de piperonila (PBO) e maleato de dietila (DEM) para o manejo de E. heros e C.
includens com resistência a λ-cialotrina e bifentrina. Os valores DL50 dos produtos técnicos e
comerciais contendo λ-cialotrina e bifentrina foram menores para E. heros coletados a campo
quando expostos ao PBO e DEM, em relação a insetos não tratados com os sinergistas, com
razão de sinergismo de até 4,75 vezes. A mortalidade de E. heros também aumentou quando
expostos a doses dos produtos comerciais contendo λ-cialotrina (de 4% para 44%) e bifentrina
(de 44% para 88%) na presença dos sinergistas. Houve também uma maior suscetibilidade de
C. includens coletada a campo a λ-cialotrina de grau técnico na presença de PBO; razão de
sinergismo de 5,50 vezes. Uma maior letalidade de formulação com λ-cialotrina também foi
verificado na presença de PBO, com mortalidade aumentando de 6% para 57%. No segundo
estudo, desenvolveram-se e avaliaram-se nanoformulações de λ-cialotrina e bifentrina com os
sinergistas PBO e DEM para o manejo da resistência de E. heros e C. includens.
Nanoformulações de bifentrina e λ-cialotrina com PBO e DEM apresentaram boas
características físico-químicas e estabilidade em função do tempo (>90 dias). Também foi
observado que a morfologia esférica de todos os sistemas preparados e a eficiência de
encapsulação em sistemas carreadores de lipídios nanoestruturados não se alteraram com a
adição dos sinergistas. Em bioensaios toxicológicos, bifentrina nanoencapsulado com DEM
aumentou a suscetibilidade de E. heros a este ingrediente ativo em até 3,50 vezes, conforme
valores de CL90. Uma maior suscetibilidade bifentrina e λ-cialotrina nanoencapsulada com
PBO também foi detectada em C. includens, com os valores de CL90 indicando uma razão de
sinergismo de até 2,16 vezes. Também detectou-se que bifentrina e λ-cialotrina
nanoencapsulada com PBO e DEM causaram maior mortalidade de E. heros (68% e 72%) e
C. includens (33% e 21%), em comparação aos produtos comerciais com bifentrina e λcialotrina. Os resultados indicam a possibilidade de uso dos sinergistas na reversão da
resistência à λ-cialotrina e bifentrina em E. heros e C. includens e sugerem um efeito
significativo de mecanismos metabólicos na desintoxicação de ambos os piretroides. Também
foi possível desenvolver formulações de λ-cialotrina e bifentrina nanoencapsuladas com PBO
e DEM, as quais demonstram potencial para restaurar a suscetibilidade de E. heros e C.
includens a piretroides. Este é o primeiro estudo que relata o desenvolvimento e avaliação de
inseticidas nanoencapsulados com sinergistas para o manejo da resistência de insetos.
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