A arte como objeto político: uma análise dos aspectos políticos e culturais do musical “Hadestown”
Resumen
Se, como disse Fernando Pessoa, “o fruto dura mais que a flor, e é o que fica para dizer da árvore” ao falar da arte, é preciso vê-la como algo que diz mais do mundo - além do que se vê. A arte se coloca hoje como um dos recursos mais frutíferos de análises acerca da sociedade, possibilitando inúmeras discussões e pesquisas em torno de suas expressões. Neste ensaio pretende-se analisar como as relações econômicas, de gênero e raciais são representadas no musical Hadestown, observando as interseccionalidades entre esses marcadores, além dos afetos e emoções que permeiam a representação. Além disso, objetiva-se levantar discussões acerca da necessidade da arte e as possibilidades que ela apresenta nos processos de observação daquilo que constitui o que nos cerca. Para construção deste ensaio, foram considerados para a análise diferentes materiais audiovisuais referentes ao musical e, também, objetos essenciais para a contextualização e ambientação do mito que deu origem a essa nova versão da história, como uma forma de ver a arte como objeto político através das lentes da Psicologia Social Crítica, em diálogo com a Teoria das Representações Sociais. Por fim, essa construção possibilitou a análise dos aspectos sociais relevantes presentes em Hadestown e como estes impactam e comovem aqueles que experienciam a troca com esta manifestação artística. Concluiu-se, assim, que a arte é uma expressão do contemporâneo e ela, em sua posição de objeto cultural, resulta em discussões capazes de nos fazer ver que tudo é político - possibilitando assim que questionemos a realidade, por meio da arte, com o ímpeto de modificá-la.
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- TCC Psicologia [93]
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