Educação e território: o protagonismo do movimento dos trabalhadores rurais sem terra na luta pela educação do campo no assentamento Roseli Nunes em Santana do Livramento/RS
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Data
2022-02-22Primeiro membro da banca
Sandoval, Ana Estela Dominguez
Segundo membro da banca
Kist, Anna Christine Ferreira
Terceiro membro da banca
Medeiros, Liziany Müller
Quarto membro da banca
Vargas, Daiane Loreto de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O capital visa promover a destruição do campesinato, ampliando o espaço de
produção e (re)definindo as relações sociais no território sob uma ótica lucrativa. Em
oposição a este processo, emerge no contexto social, um dos maiores movimentos
globais, sob a sigla MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), cuja
principal problematização pauta-se no projeto inerente à Reforma Agrária no Brasil,
simbolizando um exemplo de luta que acontece na sociedade contra o sistema
capitalista, pois desde sua origem ele busca ações que garantam direitos e cidadania
a homens e mulheres, além de um pedaço de terra para viver e plantar. Tendo em
vista a trajetória constituída pelo MST no âmbito educacional, busca-se problematizar
a seguinte questão de pesquisa: Os sujeitos assentados pelo projeto de Reforma
Agrária são protagonistas na manutenção e fortalecimento da Escola de Ensino
Fundamental Roseli Nunes do Município de Santana do Livramento? Sendo assim, a
presente pesquisa apresenta como objetivo geral problematizar o protagonismo do
MST no processo de territorialização educacional no Assentamento Roseli em
Santana do Livramento/RS, já os específicos são: a) Compreender a historicidade do
MST e o saber pedagógico constituído no percurso de luta pela terra e na manutenção
do território conquistado; b) Conhecer a realidade educacional das escolas do campo
do Município de Santana do Livramento, direcionando um olhar crítico para a escola
inserida no assentamento em estudo; c) Compreender os espaços-tempos
constituídos pela Secretaria de Educação Municipal junto à comunidade e escola e,
por fim, d) Averiguar as dificuldades que emergiram no processo de escolarização dos
estudantes do assentamento neste processo de pandemia. Na tentativa de cumprir os
objetivos deste trabalho, foi utilizado a abordagem qualitativa ancorada no método
dialético, o qual possibilitou averiguar os antagonismos inerentes ao fortalecimento da
Educação do Campo no território construído a partir do enfrentamento para efetivação
da reforma agrária, como também foi possível compreender o assentamento envolvido
na pesquisa, como um território camponês escolar protagonizado.
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