Minociclina e imunoterapia no tratamento da pitiose experimental em coelhos
Fecha
2020-03-31Primeiro membro da banca
Zanette, Régis Adriel
Segundo membro da banca
Denardi, Laura Bedin
Terceiro membro da banca
Santos, Roberto Christ Vianna
Quarto membro da banca
Tondolo, Juliana Simoni Moraes
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A pitiose é uma doença crônica causada pelo oomiceto Pythium insidiosum que
acomete tanto animais quanto humanos. Os principais animais atingidos são os equinos e
caninos, gerando um quadro clínico preocupante. Se não identificada e tratada rapidamente,
a pitiose pode ser fatal, sendo necessário, portanto, o diagnóstico precoce da doença, ainda
no seu estágio inicial, antes que acometa órgãos vitais. O tratamento da pitiose é complexo,
devido ao fato do agente não responder bem aos fármacos comumente utilizados em
doenças fúngicas, visto que, o oomiceto não possui ergosterol em sua membrana. Assim,
alternativas terapêuticas têm sido investigadas, dentre elas a imunoterapia e fármacos
antibióticos. Neste contexto o presente estudo avaliou o efeito in vivo da minociclina isolada
e em combinação com a imunoterapia no tratamento da pitiose experimental em coelhos.
Vinte e cinco coelhos com três meses de idade foram inoculados subcutaneamente com
zoosporos de P. insidiosum e divididos em cinco grupos (n = 5), os quais foram tratados com
minociclina (10 mg/kg/ duas vezes ao dia), imunoterapia (34 mg Pitium-Vac®) e minociclina
associada a imunoterapia; e grupo controle com pitiose (n=5) e sem pitiose (saudável, n=5).
Os tratamentos foram iniciados 30 dias após a inoculação, por durante 10 semanas e
somente nos animais que haviam desenvolvido a doença. As áreas nodulares subcutâneas
das lesões nos grupos infectados foram medidas a cada sete dias, a partir do início do
tratamento. Também foi mensurada a atividade de algumas enzimas do sistema purinérgico:
ecto-nucleosideo trifosfato difosfohidrolase (E-NTPDase), ecto-5'-nucleotidase (E-5’-NT) e
ecto-adenosina deaminase (E-ADA) em plaquetas. Quando comparados com o grupo
controle, os grupos minociclina, e minociclina mais imunoterapia apresentaram lesões
significativamente reduzidas. As análises histolpatológicas mostraram a presença de
inflamação, macrófagos e eosinófilos. A coloração de Grocott revelou estruturas irregulares
semelhantes a hifas que foram ramificadas e ocasionalmente septadas. Já o grupo infectado
e não tratado apresentou significativo aumento em relação ao grupo saudável em quanto a
hidrólise de ADP e AMP. Os resultados também mostraram que as atividades de ENTPDase
e E-5'-nucleotidase apresentaram-se reduzidas de forma significativa nos grupos
tratados com imunoterapia, o que consequentemente aumentou a concentração extracelular
de ATP, ADP e AMP extracelular. Observou-se reduzida atividade da E-NTPDase e E-5'-
nucleotidase nos grupos tratados com imunoterapia, o contrário ocorreu no grupo tratado
com minociclina isolada, e já no grupo que recebeu a associação de tratamento (minociclina
e imunoterapia) apresentou-se significativamente diminuida. A atividade da E-ADA não se
alterou no contexto de infecção com o oomiceto. Os resultados sugerem que a minociclina
possui atividade fungistática e que a combinação de minociclina e imunoterapia é mais
eficaz do que as terapias individuais testadas. E, os resultados reiteram a hipótese de
envolvimento do receptor do sistema purinérgico na modulação da resposta imune também
para plaquetas, e que os nucleotídeos e o nucleosídeo da adenina interagem para a
modulação da resposta Th1.
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