Prevenção em saúde mental na adolescência: uma investigação participativa na região oeste de Santa Maria/RS
Visualizar/ Abrir
Data
2020-05-29Primeiro membro da banca
Dias, Ana Cristina Garcia
Segundo membro da banca
Paiva, Ilana Lemos de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A defesa dos direitos de crianças e adolescentes está intimamente relacionada com a promoção
de saúde mental, uma vez que a legislação atual, baseada na doutrina de proteção integral, busca
garantir a oferta de cuidados protetivos e promotores de desenvolvimento e de potencialidades,
o que favorece o desenvolvimento psicossocial. Para serem efetivos, estes princípios precisam
ser assimilados e adotados pelas famílias, pelos profissionais e pelo conjunto da sociedade,
incluindo as próprias crianças e adolescentes. Com relação à adolescência, em função do
desenvolvimento da autonomia e da conquista da independência, torna-se relevante que os
adolescentes conheçam tais princípios e tenham a possibilidade de adotá-los/acessá-los, de
forma que consigam buscar experiências que promovam seu desenvolvimento mais saudável,
prevenindo prejuízos ou agravos à sua saúde mental. Partindo disso, este estudo buscou
conhecer as políticas de prevenção em saúde mental na adolescência e as concepções dos
adolescentes acerca dessas políticas e da defesa de direitos. Os participantes da pesquisa foram
adolescentes acessados através do contato com serviços de prevenção em saúde, especialmente
escolas vinculadas ao Programa Saúde na Escola, e profissionais atuantes nesses dispositivos.
Foram realizados grupos focais para a coleta de informações, as quais passaram,
posteriormente, pela análise de conteúdo temática, resultando em categorias para discussão.
Além disso, o Diário de Campo também foi utilizado para registro do desenvolvimento da
pesquisa. Para apresentação dos resultados, foram produzidos dois artigos: o primeiro,
intitulado “Lugares ‘de’ e ‘para’ o adolescente: possibilidades de vínculos para o cuidado em
saúde mental”, aborda programas e políticas públicas endereçadas aos adolescentes e a
necessidade de espaços acolhedores e atenção à formação de vínculos para efetividade das
ações, a fim de garantir os direitos dos/das adolescentes e seu desenvolvimento integral. O
segundo artigo, intitulado “Entre a recusa e o excesso: o lugar possível para prevenção da saúde
mental”, agrupa os resultados que indicaram as relações familiares e escolares como
indispensáveis para prevenção em saúde mental. Em conjunto, os resultados da pesquisa
apresentam contribuições importantes para a ampliação do conhecimento científico acerca de
prevenção em saúde mental na adolescência, informando especificamente sobre as concepções
dos próprios adolescentes a respeito do tema. De forma mais ampla, estes conhecimentos
também poderão contribuir para o planejamento ou a qualificação de ações de prevenção,
proteção e cuidado em saúde mental de adolescentes em diferentes contextos, tais como escolas,
serviços de saúde e proteção social.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: