Nação e nacionalização na fronteira: as relações político-culturais de Argentina e Brasil com os teuto-brasileiros de Puerto Rico e Porto Novo (1919 - 1945)
Fecha
2022-02-18Primeiro coorientador
Tedeschi, Sonia Rosa
Primeiro membro da banca
Gertz, René Ernaini
Segundo membro da banca
Neumann, Rosane Marcia
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Nas duas décadas finais do século XIX, o oeste do estado de Santa Catarina, o sudoeste do Paraná e a atual província argentina de Misiones, foram palco de um litígio entre a República Argentina e o Brasil. Este processo findou com uma negativa aos reclames territoriais argentinos, após o arbitramento dos Estados Unidos da América. No entanto, durante o período de litígio, e nas primeiras décadas do século XX, a região recebeu um intenso fluxo de (i)migrantes provenientes de diversos países, mas com destaque para o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no qual analisamos o caso dos teuto-brasileiros. Deste processo surgiram as colonizações de Puerto Rico, província de Misiones, Argentina, e Porto Novo, estado de Santa Catarina, Brasil, objetos de estudo desta investigação. A partir da noção de que os teuto- brasileiros foram submetidos a pressões nacionalizadoras de dois Estados-Nação distintos, a presente investigação tem como finalidade a realização de uma História Comparada da relação político-cultural da Argentina e do Brasil com as populações teuto-brasileiras estabelecidas na localidade, entre os anos de 1919 e 1945. Para tanto, foram utilizadas fontes variadas, que permitiam perceber aspectos vinculados a construção de uma esfera pública, a partir das concepções de Alejandro Quiroga, bem como do estabelecimento de controle sobre manifestações culturais, bem como de políticas públicas voltadas a integração dos teuto- brasileiros. Desta forma, foi possível perceber que inicialmente a relação dos Estados-Nação de Argentina e Brasil com as localidades e as populações lá estabelecidas se deu a partir da gradual instalação de instituições públicas, que passaram a ocupar espaços que eram anteriormente de organizações privadas, ou conviveram com as mesmas de forma paralela. Por outro lado, o contexto posterior a 1938, demarcou uma transformação das relações, que passaram a ser observadas a partir da ótica de um “perigo alemão”, tanto na Argentina quanto no Brasil, que fez estabelecer uma vigilância atenta em Puerto Rico e Porto Novo, especialmente pela condição de fronteira das localidades. Além de conduzir a políticas mais cerceadoras no meio cultural. Ainda é mister registrar que a presente investigação está inserida na Linha de Pesquisa Fronteira, Política, Sociedade, do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Federal de Santa Maria, com a área de concentração de História, Poder e Cultura. Todo o período de investigação foi financiado com bolsa CAPES/DS.
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