A preservação da memória da vila Santa Thereza em Bagé RS/Brasil, a partir do audiovisual e das ações da sociedade civil
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Date
2020-05-27Primeiro membro da banca
Lisboa Filho, Flavi Ferreira
Segundo membro da banca
Ismério, Clarisse
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A presente dissertação procura demonstrar a importância do audiovisual na preservação da memória e do patrimônio. Para tanto, foi produzido um audiovisual da a Vila de Santa Thereza em Bagé, RS, valorizando as ações da sociedade civil organizada e sua luta pela preservação desse patrimônio cultural. Apresenta um estudo que atenta sobre a comunidade que habita essa Vila e seus relatos através da oralidade capturada em formato de filme documentário. São os propósitos dessa pesquisa, no contexto da produção audiovisual, concebê-la em processo coletivo, protagonizando os próprios atores locais, através das práticas pedagógicas do projeto “inventar com a Diferença”, que une cinema, educação e direitos humanos, questões que assim como o patrimônio, estão presente em todo o lugar. Lança olhares sobre como a produção audiovisual pode ser considerada um artefato museológico, através do processo que consiste em sua construção, trazendo consigo uma história, preservada através dos tempos e representada em dispositivo audiovisual, também aciona a lembrança. O trabalho perpassa a trajetória da Associação Pró Santa Thereza, coletivo de mulheres voluntárias que protege o patrimônio e inspira formas de apontar paradigmas em sociedade, diante do contexto da hipermodernidade. Apresenta um traçado da história da Vila de Santa Thereza, que surge com a fundação de uma Charqueada ao final do século XIX, fundada em 1897 por um imigrante português chamado Antônio Nunes de Ribeiro Magalhães, até o momento em que acontece a ressignificação do espaço e sua sobrevivência. O trabalho observa os moradores mais velhos, remanescentes da charqueada, percebendo a importância da memória individual e coletiva naquele espaço e seu reconhecimento como patrimônio. Na época, havia uma vida cultural e religiosa através das ações realizadas no Teatro Santo Antônio e na Capela de Santa Thereza D’Ávila, que faziam parte do complexo erguido em torno do negócio do charque. O ofício, a cultura e a religiosidade impulsionavam uma vida comunitária ativa, que dividia atenções com a cidade de Bagé, o Estado e o Brasil, até o encerramento do ciclo econômico do charque em 1960. A partir de então, após mais de 30 anos de esquecimento, esse espaço ressurge pelas mãos do árduo voluntariado dessa Associação.
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