Uma (auto)etnografia dançante: trajetórias e processos identitários de artistas negros e negras nos cursos de Dança da UFSM
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Data
2020-02-27Primeiro coorientador
Braga, Flávio de Campos
Primeiro membro da banca
Silva, Eveline Pena da
Segundo membro da banca
Zanini, Maria Catarina Chitolina
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Desejos e necessidades norteiam este trabalho. O desejo de dançar também com as palavras e
a necessidade de evidenciar e problematizar a negritude no espaço acadêmico. O texto é
pensado, dançado e escrito através do conhecimento artístico da Dança em diálogo com os
saberes antropológicos, sociológicos e políticos das Ciências Sociais. O principal objetivo
desse estudo é compreender os processos identitários dos sujeitos negros nos cursos de
graduação em Dança da UFSM entre os anos de 2013 e 2018. Para tanto, através de uma
abordagem metodológica (auto)etnográfica, construo críticas e tensionamentos sobre como
esse processo ecoa na vida de outros sujeitos negros, tendo em vista que a noção de negritude
se define e redefine ao longo da trajetória formativa como um todo. A estrutura desta escrita
está organizada em três capítulos, ao longo dos quais percorro desde a minha trajetória
pessoal, formativa e artística, até às discussões sobre identidade, negritude, ações afirmativas
e educação principalmente no ensino superior. Nessa escrita, descrevo a construção do
universo de pesquisa, as investidas no trabalho de campo e a trajetória dos interlocutores que,
atreladas ao debate teórico, sustentam a pesquisa. Enquanto resultado, constatei que na
formação em Dança os processos identitários se destacaram a partir do Método Bailarino-
Pesquisador-Intérprete e das Abordagens Somáticas do Movimento. Ao mesmo tempo, tais
processos ocorrem para além da graduação, envolvendo socialização familiar, pertencimento,
comportamento e questões relacionadas a coletivos negros. Por fim, sobre as diferentes
concepções de ser negro e de manifestar a negritude, os dados empíricos apontam que estas
não se limitam às questões fenotípicas, mas que fazem parte das experiências vividas na
trajetória de cada um dos interlocutores.
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