Efeito do estufim e da aplicação de AIB na produtividade efetiva de mudas clonais de Corymbia torelliana × Corymbia citriodora
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Data
2022-03-24Primeiro coorientador
Gasparin, Ezequiel
Primeiro membro da banca
Aimi, Suelen Carpenedo
Segundo membro da banca
Pimentel, Nathalia
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O setor florestal brasileiro possui contribuição a nível mundial para o suprimento de madeira,
celulose e papel, entre outros subprodutos com origem em florestas plantadas e, em sua grande
parte, certificadas por órgãos internacionais que garantem o manejo sustentável deste recurso.
O país atingiu esta colocação a nível global devido a elevada produtividade das florestas
plantadas, em virtude das condições edafoclimáticas encontradas no território brasileiro e pelo
desenvolvimento de materiais genéticos altamente produtivos. Atualmente, empresas do setor
siderúrgico e de celulose e papel têm demonstrado interesse por clones de espécies puras e
híbridas do gênero Corymbia, devido a elevada densidade da madeira, resistência a pragas e
doenças e a fatores abióticos como estresse hídrico. Além disso, o gênero torna-se uma
alternativa para a possível estagnação da produtividade das florestas plantadas. Entretanto,
materiais genéticos do gênero vêm sendo classificados como de difícil propagação vegetativa,
por apresentar taxas de enraizamento inferiores a 70%. Diante deste cenário, a presente pesquisa
teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de AIB em conjunto com
a utilização do estufim durante a produção de brotações e durante o enraizamento de
miniestacas sobre as variáveis sobrevivência, enraizamento e qualidade morfológica das mudas
ao longo de três estações sazonais. A pesquisa foi conduzida em região de clima subtropical
(Barra do Ribeiro, RS) ao longo de três estações (inverno, primavera e verão) em esquema
fatorial (2 x 2 x 4) com parcelas sub-subdivididas, sendo a parcela principal composta por dois
ambientes de produção de brotações (minijardim clonal com estufim e sem estufim), a subparcela
por dois ambientes de enraizamento (casa de vegetação com estufim e sem estufim) e a
sub-subparcela por quatro concentrações de ácido indol-3-butírico (AIB) (0, 1.500, 3.000 e
4.500 mg L-1). Os resultados obtidos na pesquisa demonstraram que o clone estudado apresenta
maior produtividade efetiva durante o inverno, em detrimento do maior enraizamento
adventício das miniestacas. Além disso, verificou-se que o uso do estufim no minijardim clonal
potencializa o enraizamento das miniestacas. Estes resultados são explicados, principalmente
pela maior turgescência das minicepas e menor estresse fisiológico durante a coleta das
brotações. Outro resultado importante obtido na pesquisa, refere-se ao uso do AIB o qual não
incrementou a taxa de sobrevivência das miniestacas aos 30 dias após o estaqueamento e a
qualidade morfológica das mudas aos 120 dias. Diante disso, conclui-se que a produção de
mudas clonais do híbrido C. torelliana × C. citriodora deve ser priorizada durante os períodos
frios do ano (inverno) e o uso do estufim no MJ deve ser realizado em todas as estações do ano.
Além disso, conclui-se que para a produção de mudas de Corymbia não é necessário o uso de
AIB.
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