Estratégia para aumento de cobertura vacinal em pacientes adultos com diabetes mellitus de um hospital universitário terciário: ensaio clínico randomizado controlado
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Data
2022-05-25Primeiro coorientador
Pedro, Fabio Lopes
Primeiro membro da banca
Souto, Katia Elisabete Pires
Segundo membro da banca
Beck, Maristela de Oliveira
Metadata
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O diabetes mellitus é uma doença crônica com prevalência em ascensão constante nos últimos
anos. Indivíduos portadores dessa doença apresentam maior risco de infecções fúngicas, virais
e bacterianas quando comparados com a população em geral. A imunização é uma importante
estratégia de proteção da saúde nesses pacientes. É recomendado que os pacientes com diabetes
mellitus tenham atualizadas as vacinas para influenza, pneumonia, hepatite B e tétano, que, no
Brasil, são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Este trabalho tem como
objetivo avaliar se há aumento das taxas de vacinação nos pacientes portadores de DM que
receberam orientação para atualizarem seus calendários vacinais para as quatro vacinas
supracitadas. Consistiu em um ensaio clínico randomizado controlado entre dezembro de 2018
e novembro de 2020. A amostra foi composta por 228 pacientes do ambulatório de
Endocrinologia do Hospital Universitário de Santa Maria. Desses, 205 foram randomizados em
grupo intervenção (n= 102) e grupo controle (n=103) e, após as perdas, foram analisados 68
pacientes no grupo intervenção e 71 no grupo controle. A intervenção consistiu em ligação
telefônica orientando atualização do calendário vacinal para as quatro doenças avaliadas. Neste
estudo, esperava-se encontrar relação positiva entre orientação e aumento da taxa de vacinação.
No grupo intervenção houve aumento significativo na proporção de vacinados para as quatro
doenças: 79,4% do grupo intervenção era vacinado para influenza e, após a intervenção, o
número subiu para 89,7% (p=0,016); 29,4% do grupo intervenção era vacinado para hepatite B
e, após a intervenção, o número subiu para 48,5% (p=0,002); 51,5% do grupo intervenção era
vacinado para o tétano e, após a intervenção, o número subiu para 72,1% (p=0,007); 22,1% do
grupo intervenção era vacinado para pneumonia e, após a intervenção, o número subiu para
29,4% (p=0,049). No grupo controle, não houve aumento significativo na proporção de
vacinados para nenhuma das doenças.
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