Processo de destilação simples aplicado como alternativa de pré-tratamento para lixiviado de aterro sanitário
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Data
2022-08-22Primeiro coorientador
Silvestri, Siara
Primeiro membro da banca
González, Víctor Alcaraz
Segundo membro da banca
Wolff, Delmira Beatriz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Muitas das tecnologias existentes para o tratamento de lixiviados de aterros sanitários
nem sempre conseguem atingir uma eficiência satisfatória na remoção de poluentes.
Com isso, o processo de destilação simples é sugerido nesta proposta de mestrado
como uma alternativa de pré-tratamento para um lixiviado de aterro sanitário. O
processo de destilação consiste na técnica de separação de componentes mais
voláteis dos menos voláteis, por meio de aquecimento e vaporização parcial seguida
de condensação. Entre as técnicas existentes, a destilação merece destaque por não
empregar coagulantes nem produtos químicos e, consequentemente, por não gerar
grandes quantidades de lodo excedente ao final do tratamento. Dessa forma, este
trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência do processo de destilação como
alternativa de pré-tratamento para lixiviados. Para a realização dos ensaios, foram
coletadas amostras de lixiviado bruto e concentrado no aterro sanitário de Santa
Maria, no Rio Grande do Sul. As amostras foram submetidas ao processo de
destilação simples montado no Laboratório de Engenharia do Meio Ambiente, na
Universidade Federal de Santa Maria. Durante o processo foram monitorados os
parâmetros de temperatura, tempo do processo e quantidade de lixiviado destilado,
visando obter as condições ótimas de destilação do lixiviado. Após os primeiros 30
minutos de ensaio, com uma temperatura média da manta de aquecimento de 265ºC,
foi possível notar o início da produção do destilado, este visualmente incolor. A
possibilidade de poder incorporar esta técnica a uma planta de aterro sanitário,
utilizando o próprio gás gerado pela degradação dos resíduos como fonte de energia
para dar início ao processo, é bastante promissora, inovadora e sustentável. É
importante que após o tratamento, o efluente atenda aos padrões de lançamento de
efluentes líquidos estabelecidos pelas Resoluções CONAMA nº430/2011 e
CONSEMA nº355/2017, as quais foram alcançadas após aplicação do processo de
destilação como etapa de pré-tratamento. Além disso, foram realizados ensaios
ecotoxicológicos com minhocas Eisenia andrei, utilizando o lixiviado bruto destilado.
O objetivo dos bioensaios foi avaliar a toxicidade do efluente tratado a um organismo
do ecossistema terrestre caso ocorresse o despejo diretamente no solo. Entretanto,
os resultados mostraram-se um pouco inconclusivos, devido a ocorrência de mortes
no tratamento controle. Uma justificativa para tal comportamento pode ser atribuído a
não alimentação dos organismos durante o período de exposição.
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