Expansão rápida da maxila: estudo longitudinal de 10 meses
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Data
2022-07-25Primeiro membro da banca
Ferrazzo, Vilmar Antonio
Segundo membro da banca
Tomazoni, Fernanda
Terceiro membro da banca
Serra-Negra, Júnia Maria Cheib
Quarto membro da banca
Carvalho, Felipe de Assis Ribeiro
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente tese é composta por dois artigos científicos. O primeiro teve como objetivo avaliar
os efeitos da expansão rápida da maxila (ERM) nos distúrbios do sono em crianças com atresia
maxilar, através de um estudo longitudinal do tipo série de casos. O segundo avaliou a utilização
da laserterapia em baixa potência (LBP) como adjuvante na ERM quanto aos seus efeitos no
reparo ósseo da sutura palatina mediana e na estabilidade da distância intermolares superior
através de um ensaio clínico randomizado. A amostra dos estudos foi composta por 27
pacientes, de idades entre 8 e 12 anos, na dentição mista, com atresia maxilar submetidos a
ERM com expansor de Hyrax. No artigo I, os pacientes foram avaliados através da Escala de
Distúrbios do Sono em crianças (EDSC), respondido pelos responsáveis, nos tempos: T0 (fase
pré-tratamento), T1 (dia da estabilização do parafuso expansor), T2 (3 meses após a
estabilização do parafuso), T3 (imediatamente após a remoção do disjuntor, após 6 meses de
contenção) e T4 (3 meses de pós-contenção). Análise multinível de Poisson ajustada para
medidas repetidas foi realizada. A ERM influenciou a redução dos escores gerais da EDSC,
sendo estatisticamente significativos a partir de T2 e abaixo do ponto de corte para risco de
distúrbios do sono em T4. No artigo II os pacientes da amostra foram divididos aleatoriamente
em dois grupos: grupo laser, n = 13, que realizaram ERM e LBP na região da sutura palatina
mediana; e grupo controle, n = 14, ERM e LBP placebo. Dez sessões de LBP foram realizadas
num intervalo de 35 dias. A cada sessão, 10 pontos foram irradiados sobre a sutura palatina
mediana. A densidade óssea na região anterior da sutura palatina mediana foi avaliada em
radiografias oclusais digitais, pelo software ImageJ, através de escala de cinzas nos tempos:
T1, T2, T3 e T4; e a estabilidade transversal da expansão maxilar foi avaliada a partir da
distância intermolares em milímetros no software Meshmixer nos tempos: T0, T1 e T4. Análise
multinível de regressão de Poisson foi realizada. O tamanho do efeito para densidade óssea foi
maior no grupo laser, indicando maior reparo ósseo nesse grupo. Já o tamanho do efeito para a
distância intermolares superior foi maior no grupo controle de T1 a T4, indicando ser maior a
recidiva nesse grupo, porém a análise multinível não apresentou diferença estatisticamente
significativa entre os grupos em ambos desfechos. Como conclusões, a ERM teve efeito
positivo na redução gradual dos escores gerais da EDSC a partir de 3 meses da estabilização do
parafuso. Apesar do protocolo proposto ter apresentado uma tendência de benefício ao grupo
irradiado por LBP, o reparo ósseo na sutura palatina mediana e a estabilidade na distância
intermolares superior não apresentaram diferenças clínicas e estatística entre os grupos.
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