Estudo da atividade antibacteriana, físico químicas farmacocinéticas e toxicológicas de novos compostos derivados de pirazolina
Fecha
2022-08-24Primeiro coorientador
Ramos, Daniela Fernandes
Primeiro membro da banca
Santos, Aline Joana Rolina Wohlmuth Alves dos
Segundo membro da banca
Ramos, Daniela Fernandes
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria oportunista que raramente causa infecção em pessoas sadias. Porém figura entre os principais agentes em infecções nosocomiais, com altas taxas de morbidade e mortalidade devido a sua resistência a múltiplos fármacos (MDR). Este microorganismo é capaz de desencadear infecções graves em indivíduos imunocomprometidos, sendo os mais susceptíveis aqueles internados em unidades de terapia intensiva, pacientes queimados e com fibrose cística. Apesar de existirem muitas classes de antibióticos disponíveis para o tratamento é cada vez mais comum a ocorrência de infecções por cepas multirresistentes, principalmente no ambiente hospitalar. Esses locais, além da circulação de indivíduos susceptíveis e imunocomprometidos, apresentam condições favoráveis para transmissão e pressão seletiva das cepas, favorecendo o surgimento de isolados multirresistentes. P. aeruginosa resistente aos carbapenêmicos foram incluídas na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) entre as três espécies de bactérias com necessidade crítica para o desenvolvimento de novos antibióticos. Compostos heterocíclicos derivados de pirazolinas vêm sendo sintetizados e utilizados em estudos pelas suas características e diversas propriedades farmacológicas. Ferramentas computacionais (in silico) têm sido propostas a fim de reduzir o tempo e altos custos envolvidos neste processo. Estas tecnologias permitem associar predições computacionais aos ensaios pré-clínicos laboratoriais (in vitro e in vivo), tornando estes modelos custo-efetivos na pesquisa e desenvolvimento de fármacos. Tendo em vista, a urgente necessidade em descobrir novos antibióticos ou alternativas terapêuticas para o tratamento de infecções multirresistentes por este patógeno o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana de sete novos compostos derivados de pirazolinas em isolados clínicos multirresistentes de P. aeruginosa e estudar suas propriedades físico-químicas, farmacocinéticas e toxicológicas utilizando ferramentas in silico. Para avaliar a atividade antibacteriana dos fármacos foi realizado a determinação da concentração inibitória mínima (CIM). A citotoxicidade dos compostos foi avaliada em ensaios com a linhagem celular de fibroblasto (VERO). Os compostos pirazolínicos que apresentaram atividade tiveram uma CIM de 0,2 mg/mL frente aos isolados clínicos e valores de IC50 que variou em 0,0081mg/mL e 0,4577mg/mL. Em relação aos resultados farmacocinéticos e toxicológicos (in silico) os compostos analisados não violaram a regra dos cinco, instituída por Lipinski. Além desses parâmetros, o número de ligações rotacionais esteve menor que 10 (entre 3 e 4) e a TPSA esteve menor que 140 Å (65,79), o que ratificou uma boa biodisponibilidade oral dos compostos analisados. A previsão in silico e suas respectivas atividades antimicrobianas das moléculas aqui analisadas, com ressalvas e possíveis rearranjos moleculares nos permite sugeri-las como potenciais candidatos a fármacos a serem utilizados pela via oral com boa permeabilidade através de membranas biológicas e alta absorção por via gastrintestinal.
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