Óleo essencial de Lippia alba no transporte de arraias cururu (Potamotryogon wallacei): efeitos em biomarcadores teciduais
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Data
2022-08-18Primeiro membro da banca
Garcia, Luciano de Oliveira
Segundo membro da banca
Bianchini, Adriane Erbice
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O comércio de peixes ornamentais gera renda para a população ribeirinha do estado do
Amazonas no Brasil. Espécies Amazônicas possuem maior procura por serem muitas
vezes endêmicas, o que as valoriza. A arraia cururu (Potamotryogon wallacei) é uma
espécie amplamente procurada para aquariofilia, tendo a exportação como principal
mercado. Este trabalho investigou o impacto do transporte por longas horas na qualidade
da água, resposta ao estresse, sistema de defesa antioxidante do fígado da arraia cururu e
como ocorreria o processo de recuperação. Também foi estudado os efeitos do óleo
essencial de Lippia alba (EOLA) frente as alterações impostas pelo transporte. A arraias
cururu (n = 30) foram transportadas em sacos plásticos (de 3 a 4 exemplares, em cada
saco) na ausência ou presença de EOLA a 10 μL/L de Manaus (Amazonas, Brasil) para
Santa Maria (Rio Grande do Sul, Brasil) por cerca de 32 h. Um grupo de arraias cururu
foi amostrado imediatamente na chegada (n = 5 para cada condição, sem ou com EOLA).
Os demais indivíduos foram mantidos por 24 h (n = 5 para cada condição, sem ou com
EOLA) e 48 h (n = 5 para cada condição, sem ou com EOLA) para avaliar a recuperação
da viagem. Após, foram anestesiados para coleta de sangue e, em seguida, eutanasiados
para retirada do fígado. Um grupo de arraias cururu foi amostrado antes de iniciar o
protocolo de transporte (n = 5). Amostras de água foram coletadas durante todas as etapas
para monitoramento de sua qualidade. Em primeiro lugar, quando o transporte foi
realizado na ausência de EOLA, resultou em níveis mais altos de amônia na água
relacionada a uma resposta hiperglicêmica e um comprometimento no sistema
antioxidante relacionado à glutationa caracterizado por glutationa total diminuída e
subunidade catalítica dos níveis de glutamato cisteína ligase, bem como as atividades de
glutationa S-transferase e glicose-6-fosfato-desidrogenase, levando o fígado da arraia
cururu à peroxidação lipídica em sua chegada. O EOLA, por sua vez, evitou a maioria
das mudanças induzidas pelo transporte na chegada. Além disso, também ajudou o
sistema antioxidante a recuperar sua função ideal no fígado após 48 h de recuperação,
acelerando o processo de recuperação que poderia levar mais de 48 h quando o transporte
fosse concluído na ausência desse aditivo. Portanto, a adição de EOLA à água de
transporte a 10 μL/L é altamente recomendável para o transporte de arraias cururu por
mais de 30 h.
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