Rede social da puérpera e perspectivas para o cuidado à saúde no contexto social da epidemia do HIV
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Data
2021-12-14Primeiro coorientador
Langendorf, Tassiane Ferreira
Primeiro membro da banca
Eslava, Daniel Gonzalo
Segundo membro da banca
Vieira, Letícia Becker
Terceiro membro da banca
Silva, Ethel Bastos da
Quarto membro da banca
Souza, Ivis Emilia de Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A epidemia do HIV entre as mulheres no período gravídico puerperal está fortemente associada
ao significado de desvalorização moral e social. Algumas puérperas optam pelo ocultamento
do seu estado sorológico, podendo ocorrer uma restrição na sua rede social e ser um obstáculo
para manter seus cuidados de saúde. O suporte social tem a função de diminuir o impacto das
situações que afetam de forma negativa a saúde, sendo um fator de proteção na condição de
uma enfermidade. Objetivos: analisar a rede social de puérperas no contexto social da epidemia
do HIV e as implicações dessa rede no cuidado à saúde. Pesquisa qualitativa e analítica
desenvolvida no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. As participantes do
estudo foram seis puérperas e para a coleta de dados foi utilizado um instrumento
semiestruturado para a entrevista em profundidade e elaboração conjunta do mapa da rede
social da participante a partir da confecção de um desenho, representando pessoas e instituições
que auxiliavam para manutenção dos cuidados a sua saúde. As informações advindas das
entrevistas foram analisadas pelo método de análise temática que resultou na construção da
categoria: Preconceito e discriminação no contexto social da epidemia do HIV e a pandemia do
COVID-19 como potencializadores das fragilidades nas relações e dinâmica da rede social de
puérperas. A abordagem teórica de Sanicola permitiu o entendimento da dinâmica relacional
na qual a puérpera está inserida, considerando o contexto social da epidemia do HIV. As redes
sociais foram classificadas com média densidade (três) e de baixa densidade (duas) e a rede
social primária apresentou média amplitude. Na rede primária, o companheiro e a sogra foram
identificados como operadores naturais na rede e receberam apoio emocional, financeiro e
auxílio nas tarefas diárias e nos cuidados com as crianças, o que contribuiu para puérpera manter
os cuidados de saúde. Na rede secundária. Destacaram-se a farmacêutica, enfermeiras e
médicos, e o tipo de suporte fornecido foi informativo. Em relação à proximidade física,
constatou-se que a pandemia de COVID-19 potencializou o distanciamento da puérpera com
sua rede primária e secundária. Assim, quando a puérpera tem apoio do companheiro, da mãe,
de outros membros da rede, isso determina um efeito protetor para os cuidados à saúde. E,
quando tem ruptura por conta do preconceito, da discriminação e pela potencialização do
isolamento social pela pandemia ocorre a vulnerabilização da puérpera.
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