Cotidiano de adolescentes e jovens com doença renal crônica em tratamento hemodialítico
Fecha
2022-08-19Primeiro coorientador
Ribeiro, Aline Cammarano
Primeiro membro da banca
Silveira, Andressa da
Segundo membro da banca
Costenaro, Regina Gema Santini
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este estudo objetivou compreender o cotidiano de adolescentes e jovens com doença renal
crônica em tratamento hemodialítico. Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória do tipo
Estudo de Caso que foi desenvolvida em uma clínica renal do sul do Brasil. Os participantes
do estudo foram oito adolescentes e jovens entre 18 e 24 anos que estiveram em tratamento
hemodialítico no período da coleta de dados, de 05 de fevereiro de 2021 a 26 de janeiro de
2022, atendendo aos critérios de inclusão. A produção de dados ocorreu por meio de
entrevista semiestruturada presencial, mediada pela construção do genograma e ecomapa,
dados documentais dos prontuários eletrônicos e observação participante por meio da
triangulação de dados. A observação ocorreu na clínica durante o tratamento hemodialítico
com a utilização de um roteiro de observação e diário de campo. Os dados oriundos das
entrevistas foram analisados por meio da análise temática indutiva. O estudo obteve
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob Número de Certificado de
Apresentação para Apreciação Ética 41730620.7.0000.5346. Os resultados apontaram que o
cotidiano de adolescentes e jovens na vivência da doença renal crônica é afetado desde o
diagnóstico, até a compreensão da patologia e suas implicações, gerando modificações
clínicas, físicas e psicoemocionais. A maioria não trabalha e nem estuda, e possuem limites
quanto a realizar atividades do cotidiano. A presença da fístula artériovenosa foi manifestada
de forma negativa, em relação a autoimagem e a prática de esportes. Na Rede Social na
vivência da doença renal crônica teve relevância a família, amigos e a igreja que amenizam os
desafios da doença e tratamento no seu cotidiano, além das limitações impostas pela doença.
Na observação participante foi confirmado dados das entrevistas como o uso do celular e o
dormir durante as sessões. Os participantes manifestaram o desejo de sonhos e projetos para o
futuro. Concluiu-se que o cotidiano de adolescentes e jovens em tratamento hemodialítico é
permeado por enfrentamentos acrescido do impacto da doença e da nova condição imposta
com o tratamento em seu cotidiano. No processo do diagnóstico e tratamento, a presença da
família, principalmente da mãe é destacada. Foi necessária uma adaptação ao novo cotidiano
que é permeado pelo desgaste físico e emocional. Dentre as práticas de cuidado, está a
alimentação e os medicamentos de uso contínuo. A rede social é composta pela família,
amigos e a igreja. Sugere-se ampliar os estudos com este grupo em outros cenários de
cuidado
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