Indução da ovulação em vacas de corte ganhando e perdendo peso durante o período pós-parto
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Data
2001-02-01Autor
Terra, Gustavo Herter
Primeiro membro da banca
Moraes, José Carlos Ferrugem
Segundo membro da banca
Oliveira, João Francisco Coelho de
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Este trabalho teve por objetivo comparar a eficiência de um tratamento hormonal associado ao desmame de 96 horas com o desmame definitivo, em animais com diferentes ofertas forrageiras e ganho de peso, bem como avaliar seus custos e benefícios, na fertilidade de vacas de corte. Foram utilizadas 310 vacas (190 Angus e 120 Charolês) criadas extensivamente no município de Tupanciretã, região central do Estado do Rio Grande do Sul, que se encontravam entre 50 e 70 dias pós-parto, classificadas e distribuídas, de acordo com sua condição corporal (CC - escala 1 a 5), em seis grupos. Os grupos A2, A5, B2 e B5 foram constituídos por, respectivamente, 53, 49, 53 e 55 vacas. Ficaram em maior (A2 e A5) e menor (B2 e B5) disponibilidade forrageira, no período parto-tratamento, e receberam (dia 0) 2mg de benzoato de estradiol (A2 e B2) ou 5mg de benzoato de estradiol (A5 e B5) e um dispositivo intra-vaginal (CIDR) com progesterona (P4). Seis dias após (dia 6) receberam 1000 UI de gonadotrofina coriônica eqüina (eCG). No dia seguinte (dia 7), foi retirado o CIDR e iniciado o desmame dos terneiros por um período de 96 horas. Os grupos AD e BD foram constituídos por 52 e 48 vacas que ficaram, respectivamente, em maior e menor disponibilidade forrageira no período parto-tratamento, as quais foram submetidas a desmame definitivo dos terneiros (dia 7). Todas as vacas que manifestaram estro foram inseminadas entre os dias 7 e 17, depois foram acasaladas com 12% de touros até o dia 67. Após 54 dias (dia 60), foi realizado um diagnóstico clínico e ultra-sonográfico de gestação, para que fossem detectadas as vacas que conceberam no estro subseqüente aos tratamentos. No dia 127, um segundo diagnóstico de gestação, foi realizado para detecção do índice final de prenhez. Foi realizada a análise dos dados pelo teste de qui-quadrado no programa estatístico SAS, constatando-se que não houve diferença significativa nos índices de prenhez entre os grupos com diferentes ofertas forrageiras, o que levou a um reagrupamento das vacas conforme seus ganhos de peso. Não houve diferença quanto às doses de 2mg e 5mg de benzoato de estradiol, conseqüentemente, foram reagrupados os tratamentos A2 e A5 em ATH e B2 e B5 em BTH. A raça Aberdeen Angus obteve índice de prenhez de primeiro estro superior à Charolês (P=0,0013). O grupo GTH apresentou menor índice de prenhez de primeiro estro pós-parto (P=0,0021) e de prenhez final (P=0,0001) do que o grupo GDD. Já nos animais que perderam peso, o grupo PTH apresentou índice de prenhez final menor do que o grupo PDD (P=0,0349). As vacas com condição corporal 4 no pré-parto, apresentaram maior índice de prenhez de primeiro estro (P=0,0008) do que as vacas com CC 3. O tratamento hormonal com 2 mg de benzoato de estradiol é tão eficiente quanto 5 mg na indução da ovulação em vacas de corte entre 50 e 70 dias pós-parto. O desmame definitivo é mais eficiente e economicamente viável que o modelo de tratamento hormonal utilizado. A diferente disponibilidade forrageira no período pós-parto não determina diretamente o ganho de peso de vacas. Vacas que perdem peso no período pós-parto respondem, ao desmame definitivo, mais lentamente que as que ganham peso no mesmo período. Vacas com condição corporal 3, no pré-parto, demoram mais a responder aos tratamentos que a as com CC 4, avaliadas no mesmo período.
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