Caracterização de envelopes estendidos de luz em galáxias BCGS
Fecha
2022-08-26Primeiro membro da banca
Ferrari, Fabrício
Segundo membro da banca
Riffel, Rogemar André
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Neste trabalho, revisitamos o problema da classificação morfológica de galáxias BCG, visando identificar as assinaturas características das galáxias da classe cD. Para isso, analisamos as distribuições de brilho superficial na banda r do levantamento SDSS de uma amostra de 339 galáxias BCG, classificadas visualmente por Zhao; Aragón-Salamanca; Conselice (2015). A partir de uma modelagem da distribuição de brilho via ajuste de perfil de Sérsic, obtivemos a razão de fluxo residual RFF e a assimetria rotacional A. No espaço de parâmetros logRFF −η com η = RFF −A,caracterizamos três famílias de BCGs (“envelopes”, “transição” e “elípticas” convencionais). Analisando os perfis radiais de elipticidade, ângulo de posição e brilho das isofotas de objetos representativos, encontramos que a classificação visual não tem correspondência direta com as famílias que identificamos no plano logRFF − η. Os perfis de brilho radial da família “envelopes” são em geral consistentes com a ocorrência de um componente estrutural externo descrito por uma lei exponencial. Objetos na família de transição se assemelham aos da classe “envelopes”, exceto pelo fato de apresentarem sinais menos inequívocos da presença do envelope e apresentarem, mais frequentemente, sinais de que o envelope está em processo de desenvolvimento. As elipticidades típicas das diferentes famílias identificadas no plano logRFF −η são compatíveis com outras estimativas realizadas na literatura, mas as galáxias classificadas visualmente como elípticas são muito mais circulares, sugestivo de um viés de classificação. Além disso, o slope logarítmico dos perfis de brilho radiais das galáxias classif icadas visualmente como cD mas que estão na região das elípticas no diagrama logRFF −η é indistinguível daquele mostrado pelas galáxias cD como um todo, de forma que essas galáxias são compatíveis com a classe morfológica D. Isso sugere que a classificação visual seja sensível principalmente ao slope logarítmico dos perfis de brilho e não à presença de um envelope estendido, confundindo assim uma galáxia D com uma galáxia cD. Esses resultados mostram que classificações baseadas em inspeção visual estão sujeitas a no mínimo duas fontes de viés que contaminam amostras de galáxias cD, com impactos tanto na demografia quanto nos estudos sobre a formação e evolução desses objetos.
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