Acrílico auto-polimerizável associado ou não a retalho mucoperiostal simples, no tratamento de fístula oronasal experimental, em cães
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Data
2002-04-12Autor
Goelzer, Luciana Prati
Primeiro membro da banca
Silva Filho, Antônio de Pádua Ferreira da
Segundo membro da banca
Silveira, Aron Ferreira da
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Mostrar registro completoResumo
As fístulas oronasais em cães podem levar a sérias complicações secundárias, necessitando de correção cirúrgica para o seu tratamento. É comum a ocorrência de recidivas após o reparo cirúrgico de fístulas oronasais, o que constitui um desafio aos cirurgiões. Com o intuito de avaliar o emprego do acrílico auto-polimerizável no tratamento dessa afecção em cães, foi elaborado um modelo experimental com 12 cães sem raça definida, fêmeas ou machos, com idade e peso variando entre um e sete anos e entre oito e 19kg, respectivamente, que foram submetidos à produção de fístula oronasal experimental, após a exodontia de seus caninos superiores. Para a redução das fístulas foram empregadas duas técnicas: nas fístulas localizadas do lado direito efetuou-se simplesmente o seu preenchimento com a resina acrílica, e nas do lado esquerdo, além do preenchimento com a resina, fez-se também, a cobertura do orifício com um retalho mucoperiostal de origem gengival. Os cães foram avaliados clínica, histológica e radiograficamente por um período de 60 dias. Em três fístulas (12,5%) ocorreu recidiva, devido à mobilidade e posterior exteriorização do acrílico. Em oito retalhos (66,6%) ocorreu deiscência parcial das suturas, e em um (8,3%) deiscência total, devido a tensão na linha de sutura. Nas avaliações histológicas aos 30 e 60 dias observou-se reação inflamatória crônica focalmente extensa, sendo aos 60 dias com menor quantidade de macrófagos. Radiograficamente observou-se a consolidação óssea da solução de continuidade na parede medial do alvéolo adjacente ao acrílico. O modelo experimental é apropriado para o estudo do reparo de fístula oronasal. O acrílico auto-polimerizável é eficiente para a correção das fístulas, sem evidência de sinais de rejeição, podendo ser aplicado isoladamente ou em associação com retalho simples mucoperiostal de origem gengival, sendo que o uso do retalho diminui o tempo de reparação e o acúmulo de restos alimentares, no período pós-operatório.
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