Relação entre nível de flexibilidade, produção de potência e desempenho no countermovement jump realizado em distintas angulações de joelhos
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Data
2022-08-31Primeiro membro da banca
Estrázulas, Jansen Atier
Segundo membro da banca
Santos, João Otacilio Libardoni dos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A flexibilidade é uma capacidade física capaz de auxiliar no desempenho atlético de
diversas modalidades esportivas de quadra, permitindo aos atletas maior velocidade
e fluidez de movimento requisitado. Para o salto vertical essa capacidade pode gerar
um incremento na altura saltada, devido a mecanismos capazes de acumular
energia durante a fase excêntrica e utilizar no momento de propulsão, o salto, além
de, auxiliar na potência gerada durante o movimento. Diante disso, os objetivos do
presente estudo foram correlacionar a flexibilidade com a potência de membros
inferiores e o desempenho no countermovement jump (CMJ) em três diferentes
ângulos de flexão de joelhos da fase excêntrica e, comparar a potência de membros
inferiores e o desempenho entre as mesmas condições testadas. Participaram da
pesquisa 22 mulheres jogadoras de voleibol, ou basquetebol ou handebol.
Inicialmente foi realizado o teste de flexibilidade no banco de Wells e, posteriormente,
foram executados os testes de saltos verticais em três diferentes condições de flexão
de joelhos: CMJ80º, CMJ90º e CMJ100º. As condições foram ajustadas com o auxílio de
um goniômetro manual e um controlador de amplitude, de modo a limitar a fase
excêntrica dos CMJ nas angulações desejadas. Foram executados 3 saltos máximos
para cada condição, com seleção do melhor CMJ de cada amplitude para as análises.
A normalidade dos dados foi analisada através do teste de Shapiro-Wilk e a
esfericidade pelo teste de Levene. Foi utilizado o teste de Pearson para
correlacionar a flexibilidade com a potência de membros inferiores e o desempenho
no CMJ, com a força de correlação (FC) estabelecida pelo critério de Malina (Forte =
>0,6; moderada = 0,3 a 0,6; e fraca = <0,3). As comparações foram realizadas
através da ANOVA de medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni, considerando
o nível de significância de 5% para todos os testes. Foi observada uma forte
correlação entre o desempenho no CMJ80º com a flexibilidade (FC = 0,644; p = <
0,01) e relações moderadas entre a flexibilidade com o desempenho no CMJ90º (FC =
0,563; p = < 0,01) e CMJ100° (FC = 0,552; p = < 0,01). Entretanto, não foram
constatadas correlações da flexibilidade com a potência nas três condições testadas.
Observou-se melhor desempenho e nível de potência no CMJ80º (altura = 24,55±5,06
cm; potência = 1671,68±369,99 W) e de desempenho do CMJ90º (altura =
23,78±4,35 cm; potência = 1647,31±376,26 W) em comparação a CMJ100º (altura =
22,95±4,76 cm; potência = 1610,26±378,12 W) (p ≤ 0,026). Enquanto as condições
CMJ80º e CMJ90º não apresentaram diferenças entre si (p ≥ 0,157). Em conclusão,
verificou-se que nesse grupo avaliado, as atletas de esportes de quadra com maior
flexibilidade apresentaram melhor desempenho nos saltos que exigem maiores
amplitudes de movimento.
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