Can we? Obama e a hegemonia norte-americana
Resumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar a evolução da hegemonia norte-americana
durante os dois mandatos do Presidente Barack Obama e compreender se a administração deste
foi capaz de sustentar a centralidade dos Estados Unidos nas três esferas do tripé-hegemônico
(econômica, político-militar e institucional). Para analisar o período, este estudo se debruça, em
seu primeiro capítulo de desenvolvimento, nas contribuições de Immanuel Wallerstein para a
teoria dos sistemas-mundo e nas de Giovanni Arrighi para a teoria dos ciclos sistêmicos de
acumulação, a fim de entender como se dão as dinâmicas entre os Estados de um mesmo sistema
e as fases de um ciclo hegemônico, caracterizando brevemente as hegemonias observadas na
história do sistema mundo moderno. No segundo capítulo são exploradas as bases da hegemonia
norte-americana, desde sua ascensão, concomitante ao declínio da hegemonia britânica, até seu
período de declínio, cujo início é apontado como sendo a década de 1970. No terceiro capítulo,
são analisados indicadores referentes às três esferas de poder que formam o tripé hegemônico
dos Estados Unidos durante o Governo Obama, a fim de se compreender se a tendência de
declínio foi revertida ou agravada. Dessa forma, entende-se que, por mais que exista uma forte
tendência de financeirização da economia norte-americana, e uma paralela diminuição na
disparidade entre as capacidades dos Estados Unidos em relação ao seu potencial rival
sistêmico, a China, o governo de Obama foi capaz de preservar a centralidade dos Estados
Unidos no sistema-mundo capitalista, nas três esferas de poder analisadas.
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