A influência da finura e do teor de adições minerais na carbonatação do concreto
Visualizar/ Abrir
Data
2002-05-06Primeiro membro da banca
Gastaldini, Antonio Luiz Guerra
Segundo membro da banca
Kazmierczak, Claudio de Souza
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho objetivou investigar a carbonatação no concreto frente as variações
do teor e da finura de misturas cimentícias com pozolanas. As misturas binárias
compostas com cinza volante, cinza de casca de arroz e sílica ativa, foram obtidas pela
substituição em massa de cimento de 8% para a sílica ativa e 25% e 50% para a cinza
volante e cinza de casca de arroz. Para cada porcentagem de substituição moldou-se
dois traços com duas finuras distintas. Ao todo foram realizadas onze moldagens com
relações água/aglomerante 0,35, 0,50 e 0,65, que posteriormente foram ensaiadas para a
determinação da resistência à compressão axial e da carbonatação. A investigação
experimental para a determinação dos coeficientes de carbonatação consistiu de três
etapas: cura úmida por sete dias, pré-condicionamento dos corpos de prova e ensaio de
carbonatação acelerada. Os ensaios de carbonatação foram realizados em uma câmara
climatizada automatizada com taxa constante de 5% de CO2, temperatura de 23±1°C e
umidade relativa de 75±1%. Os resultados foram analisados comparando-se as
diferentes misturas com uma de referência, sem adição mineral. Em geral os traços
investigados apresentaram coeficientes de carbonatação superiores ao concreto com
somente cimento Portland. Em igualdade de resistência de 40 e 60MPa as misturas que
apresentaram os melhores desempenho foram as com 25% de cinza de casca de arroz e
finura BET de 23 m²
/g (finura 1 – mais grossa) e com 25% de cinza volante e finura
BET 3,5 m²
/g (finura 1 – mais grossa). Somente em igualdade de 60MPa é vantajosa a
utilização de adições minerais com diferentes teores e finuras para as misturas com
cinza volante e sílica ativa; para a cinza de casca de arroz só é vantajosa para as
misturas com teor de 25% e 50% e finura BET 23 m²
/g (finura 1- mais grossa).
Portanto, concretos executados com estas misturas teriam profundidade carbonatada
inferior a 40mm em 100 anos, situando-se na faixa para concretos duráveis, com uma
carbonatação aceitável. Em geral, para igualdade de resistência de 40MPa e 60MPa, não
é compensatório o aumento do teor e da finura de adições para nenhuma das misturas
investigadas. Concluiu-se, que a utilização de diferentes teores e finuras de adições
minerais é limitada pela carbonatação, apesar de que as adições minerais melhorem
substancialmente outras propriedades do concreto, conforme a literatura demonstra.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: