Efeitos toxicológicos neonatal, transgeracional e crônico de piretroides em Caenorhabditis elegans
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Data
2022-12-16Primeiro membro da banca
Grando, Luciana Grazziotin Rossato
Segundo membro da banca
Brucker, Natália
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O extenso uso de inseticidas domésticos e agropecuários para o controle de pragas
domésticas, de lavoura e até mesmo de interesse zootécnico vem crescendo nos últimos
anos. Uma das principais classes utilizadas na composição de inseticidas são os
piretroides. Estes compostos possuem baixa ação neurotóxica em humanos, no entanto a
exposição pode aumentar a predisposição a condições oxidativas e neurodegenerativas.
O Caenorhabditis elegans é um verme de solo amplamente conhecido e utilizado em
pesquisas bioquímicas, farmacológicas e toxicológicas pelo seu baixo custo, fácil
manuseio, amplo índice de translacionalidade e rápido desenvolvimento. Desta forma, o
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito tóxico de quatro diferentes inseticidas a base
de piretroides em três diferentes protocolos de exposição em C. elegans (transgeracional,
neonatal e crônico). Foram avaliados biomarcadores comportamentais, bioquímicos e o
padrão da expressão fluorescente de proteínas do sistema antioxidante e da
PolyQ40::YFP. Por fim, pôde-se concluir que os piretroides possuem distintos
mecanismos de interferência no organismo animal, mas o que mais chama a atenção é o
efeito toxicológico transgeracional que parece estar relacionado com o aumento da
expressão de isoformas mutadas da proteína huntingtina e redução da atividade da AChE.
Estes achados destacam uma maior predisposição ao aparecimento de condições
neurodegenerativas e neurotóxicas em indivíduos filhos de pais expostos (F1). Além
disso, diversos biomarcadores comportamentais foram alterados de maneira semelhante
em exposições trangeracionais e crônicas, entretanto as razões fisiológicas alteradas pelos
piretroides estão relacionadas com distintos mecanismos de ação. Destacamos o aumento
do risco do desenvolvimento precoce da doença de Huntington de maneira
transgeracional em indivíduos geneticamente predispostos.
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