Influência do hipoclorito de cálcio na adesão de materiais resinosos à câmara pulpar e ao canal radicular
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Data
2023-01-13Primeiro membro da banca
Pappen, Fernanda Geraldo
Segundo membro da banca
Rosa, Ricardo Abreu da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente dissertação é composta por dois estudos. O objetivo do primeiro estudo foi comparar o efeito do hipoclorito de sódio (NaOCl) e do hipoclorito de cálcio [Ca(OCl)2], seguidos ou não do uso do tiossulfato de sódio (Na2S2O3), na resistência de união de uma restauração de resina composta à dentina da câmara pulpar. Para isso, a câmara pulpar de cinquenta molares humanos foram distribuídas aleatoriamente em 5 grupos (n=10) conforme o protocolo de imersão: NaOCl 2.5%; NaOCl 2.5% + Na2S2O3 5%; Ca(OCl)2 2.5%; Ca(OCl)2 2.5% + Na2S2O3 5%; e cloreto de sódio 0.9% (NaCl), (controle). Posteriormente as amostras foram restauradas com resina composta. Três palitos foram obtidos da câmara pulpar e submetidos ao teste de microtração. Análises em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS) foram obtidas do teto da câmara pulpar (n=8) para quantificação mineral. Como resultados, comparado ao controle, o grupo NaOCl 2,5% foi associado aos menores valores de resistência de união e o grupo Ca(OCl)2 2,5% apresentou resistência de união semelhante. O Na2S2O3 5% foi capaz de aumentar a resistência de união após o uso de NaOCl 2,5%, mas não após o Ca(OCl)2 2,5%. O grupo tratado apenas com Ca(OCl)2 2,5% apresentou maior razão Ca/P na superfície dentinária. O segundo estudo teve como objetivo avaliar a resistência de união nos diferentes terços dentinários do espaço protético e falhas de adaptação (gaps) na interface cimento/dentina, resultantes da interação entre um cimento resinoso dual e um substrato irrigado com diferentes concentrações de NaOCl ou Ca(OCl)2. Para isso, após o preparo intrarradicular para pinos de fibra em 50 pré-molares tratados endodonticamente, os espécimes foram divididos em 5 grupos (n=10) de acordo com o protocolo de irrigação: NaCl 0,9% (controle); NaOCl 2,5%; NaOCl 5,25%; Ca(OCl)2 2,5%; e Ca(OCl)2 5,25%. Após irrigação, os pinos foram cimentados com um cimento resinoso dual. Três fatias, correspondentes aos terços, foram obtidas do espaço protético e submetidas ao teste de push-out. Uma fatia adicional do terço médio foi submetida a imagens confocais para análise de gaps. Como resultado, o grupo tratado com NaOCl 5,25% apresentou valores de resistência de união menores que o grupo controle. A resistência de união diminuiu de coronal para apical no espaço protético. O NaOCl 5,25% gerou mais falhas coesivas em comparação ao grupo controle e ao Ca(OCl)2 2,5%. Os grupos tratados com NaOCl apresentaram os maiores percentuais de gaps em relação ao controle. Independente da concentração, o Ca(OCl)2 não teve influência na resistência de união e na ocorrência de gaps. Como conclusão geral, nos dois estudos o Ca(OCl)2 não afetou a resistência de união em procedimentos adesivos. Além disso, não sofreu efeito do Na2S2O3, aumentou a razão Ca/P na superfície dentinária e não interferiu na presença de gaps no espaço protético.
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