Dinâmica das espacialidades rurais em territórios coloniais
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Date
2008-02-29Author
Vidal, Lisane Regina
Primeiro orientador
Miorin, Vera Maria Favila
Primeiro membro da banca
Marafon, Glaucio José
Segundo membro da banca
Bernardy, Rógis Juarez
Metadata
Show full item recordAbstract
O trabalho objetivou identificar e caracterizar do sistema colonial familiar e as
dinâmicas que atuam sobre sua espacialidade rural alterando e se incorporando as
suas relações de produção e de reprodução determinando um novo sistema de
produção integrado ao mercado que se agrega ao velho sistema colonial. Os aportes
metodológicos estruturam-se através da abordagem sistêmica, da revisão históricodescritiva
e da análise crítica. Os procedimentos metodológicos se constituem pelas
técnicas, coleta de dados e as ferramentas de auxilio a investigação. A
reterritorialização dos imigrantes germânicos no extremo-sul brasileiro atendia a
interesses políticos estratégicos, de povoamento e de abastecimento ao Império
brasileiro. Assim, a Colônia Santo Ângelo recebeu imigrantes de cultura germânica,
os quais inseriram no espaço seu modo de vida, costumes e cultura, formando
territórios coloniais. No início da colonização, as atividades coloniais estavam
voltadas para a sobrevivência do grupo social, permitindo o desenvolvimento da
policultura que passou a atender localidades, vilas e cidades que se desenvolviam.
Desta maneira, surgiram as primeiras formas de comercialização respeitando o
modelo colonial, único até então no Brasil. As relações externas destes grupos
abriram caminho para a entrada de novas atividades nas colônias, as quais
incorporam, lentamente, novos sistemas de produção até a fase da modernização da
agricultura. A seguir, foi adotado o sistema dos CAIs e a especialização de culturas
resultando na transformação dos agricultores em produtores familiares modernos.
Entretanto, a insignificante dimensão da terra disponível e a ausência de capital
levaram ao esgotamento das relações de produção devido à maximização dos
recursos naturais, marginalizando os pequenos estabelecimentos familiares e
provocando êxodo rural. Esta situação de inércia no rural de Agudo fez com que os
produtores familiares agregassem novas alternativas (agroindústria artesanal
familiar) geradoras de renda e provenientes da cultura germânica transportada
através de seus códigos, por ocasião de sua reterritorialização. Atualmente, estas
inovações possibilitam a permanência do grupo social no campo mantendo sua
cultura colonial, mas sob um novo sistema de produção integrado ao mercado.
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