Parâmetros oftalmológicos e ecobiométricos sob anestesia geral do graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus) e do graxaim-do-mato (Cerdocyon thous) em cativeiro
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Data
2023-01-25Primeiro membro da banca
Wouk, Antonio Felipe Paulino de Figueiredo
Segundo membro da banca
Mazzanti, Alexandre
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Não são muitos os estudos na área de oftalmologia de animais selvagens e
compreender as características oculares anatomofisiológicas destas espécies é crucial
para melhorar a precisão diagnóstica das doenças oculares que podem afetá-los. O
objetivo deste estudo é reunir informações sobre os parâmetros oftálmicos fisiológicos
da espécie Lycalopex gymnocercus e Cerdocyon thous, comparando-os entre si e com
valores já publicados na literatura para canídeos selvagens e domésticos. Foram
estudados, doze graxains, seis graxaim-do-campo e seis graxaim-do-mato,
clinicamente saudáveis no momento da avaliação e provenientes de dois diferentes
cativeiros da região central do estado do Rio Grande do Sul. Os procedimentos
realizados foram: Contenção física e química, exame oftalmógico, e exames
complementares: teste lacrimal de Schirmer I, tonometria de rebote, paquímetria
ultrassônica e ultrassonografia ocular. Pela ultrassonografia foi avaliado: profundidade
da câmara anterior (CA); comprimento axial da lente (CL); profundidade da câmara
vítrea (CV); e comprimento axial do bulbo (CB) de ambos os olhos. Os dados obtidos
foram analisados estatisticamente, comparados por meio do teste t e ANOVA (p <
0,05) em relação aos olhos direito e esquerdo e espécie dos animais. Os resultados
obtidos foram expressados em valores médios (média ± desvio padrão) encontrados
para Lycalopex gymnocercus: TLS I: 3,66 ± 0,88 mm/min, PIO: 11,80 ± 3,05 mmHg,
ECC: 549,33 ± 17,85 µm e as mensurações ecobiométricas: CA: 3,30 ± 0,20 mm, CL:
6,60 ± 0,24 mm, CV: 6,71 ± 0,47 mm e CB 16,15 ± 0,68 mm. Para Cerdocyon thous:
TLS I: 5,00 ± 2,59 mm/min, PIO: 11,77 ± 3,05 mmHg, ECC: 531,91 ± 58,13 µm e as
mensurações ecobiométricas: CA: 3,45 ± 0,21 mm, CL: 6,39 ± 0,15 mm, CV: 6,55 ±
0,30 mm e CB 16,55 ± 0,30 mm. As análises estatísticas para todos os testes
realizados não revelaram diferença estatisticamente significativa entre os olhos (direito
e esquerdo) ou em relação ao gênero dos animais. A comparação de canídeos
domésticos e selvagens enfatiza a necessidade de utilizar valores de referência
específicos para cada espécie, e as características oculares dos canídeos domésticos
não devem ser estendidas a Cerdocyon thous e Lycalopex gymnocercus. Os dados
dos valores normais e suas variações da normalidade aqui apresentados e discutidos
são marcos referenciais para diagnósticos mais precisos das alterações patológicas
que afetam o sistema visual dos graxains, contribuindo igualmente para outros estudos
na área de oftalmologia comparada de espécies selvagens e domésticas.
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