Estresse ocupacional e resiliência em trabalhadores de saúde da atenção básica de saúde
Visualizar/ Abrir
Data
2022-12-16Primeiro membro da banca
Greco, Patricia Bitencourt Toscani
Segundo membro da banca
Munhoz, Oclaris Lopes
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivo geral: Analisar a presença de estresse ocupacional e a resiliência dos trabalhadores de
saúde da Atenção Básica de saúde. Objetivos específicos: descrever características biossociais e
do trabalho de trabalhadores de saúde da atenção primária à saúde ; identificar os níveis de estresse
ocupacional e resiliência em trabalhadores de saúde da atenção primária à saúde ; verificar a
associação entre resiliência e as variáveis sociodemográficas, laborais e de saúde dos trabalhadores
de saúde da atenção primária à saúde ; verificar a associação entre demanda psicológica e controle
e as variáveis sociodemográficas, laborais e de saúde dos trabalhadores de saúde da atenção
primária à saúde . Método: Estudo epidemiológico, transversal, realizado com trabalhadores de
saúde da 4ª Coordenadora Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, que abrange 32
municípios. Também foi incluído o município de Ijuí. Contabilizou-se uma população de 2460
trabalhadores, estimando uma amostra mínima de 333 participantes. A coleta de dados ocorreu de
forma online, via plataforma google forms, por meio dos seguintes instrumentos: instrumento
específico para dados biossociais e características do trabalho dos trabalhadores de saúde, a Job
Stress Scale Modelo Demanda-Controle e a Escala de Resiliência. As informações foram
computadas e analisadas pelo PASW Statistic®. A confiabilidade foi analisada por meio do Alfa
de Cronbach. Para a identificação da associação entre: estresse ocupacional, variáveis qualitativas
biossociais e do trabalho e escala de resiliência dos trabalhadores da saúde foi utilizado o teste do
Qui-Quadrado. O presente estudo seguiu todos os preceitos éticos da Resolução nº 466/12.
Resultados: Fizeram parte do estudo 154 trabalhadores da saúde. Com relação ao estresse
ocupacional, maior percentual dos trabalhadores de saúde encontram-se com baixas demandas
psicológicas (n=96, 63,6%) e baixo controle sobre o trabalho (n=81; 53,6%). Conforme a
combinação das dimensões demanda psicológica e controle sobre o trabalho, verificou-se uma
maior prevalência de trabalhadores vinculados ao trabalho passivo (n= 51; 33,8%). Com a baixa
exigência, foram classificados 45 trabalhadores (29,8%), sendo este considerado ideal. Ainda,
trabalhadoras do sexo feminino, com companheiro e filhos possuem baixa demanda psicológica e
baixo controle. Com relação à resiliência a maior proporção de trabalhadores reportou médio nível
de resiliência (n = 63), seguida de baixo nível de resiliência (n= 48) e alto nível de resiliência
(n=40). Considerações finais: O estresse ocupacional assume uma posição ameaçadora diante das
condições do trabalho oferecidas aos trabalhadores de saúde na APS, além de fortalecer a
susceptibilidade as doenças ocupacionais. Sendo assim, os trabalhadores precisam conhecer os
sinais e sintomas que englobam essas doenças, para de alguma forma se precaverem, identificando
os fatores de adoecimento, que acontecem no contexto laboral. Ainda, devemos atentar que
independente dos níveis de aceitáveis de resiliência, no cenário laboral de hoje, a promoção da
resiliência deve estar presente em todos os momentos e para todos os trabalhares, com a finalidade
de adapta-los de forma saudável e positiva no trabalho.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: