Escala de avaliação discente do ensino emergencial: construção e análise
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Data
2022-12-15Primeiro membro da banca
Klein, Leander Luiz
Segundo membro da banca
Dutra, Vanessa Rabelo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As circunstâncias extraordinárias resultantes do período pandêmico com o fechamento de quase
todas as instituições de ensino superior, além da obrigatoriedade das avaliações institucionais
definidas em lei, e da relevância da obtenção de dados sobre a qualidade dos métodos de ensino,
levaram as universidades a buscarem instrumentos que medissem a capacidade educativa do
ensino emergencial. Portanto, este estudo buscou subsídios que consolidassem a criação de um
modelo que avaliasse a educação emergencial, de forma sintetizada, abarcando as exigências
da lei e atendendo ao cumprimento das etapas de caráter legal que pesam sobre a avaliação
discente. Dessa forma, foi proposto um instrumento de avaliação das instituições de ensino
superior pela visão discente em situação de ensino emergencial. O estudo seguiu as proposições
metodológicas de Boateng et al. (2018), o qual define e estabelece as boas práticas no
desenvolvimento de escalas, e foi dividido em três fases. Na primeira, de cunho qualitativo,
foram levantados e avaliados os itens do instrumento, sendo identificados, na literatura, para as
dimensões Professor, Ensino e Disciplina, os quais, inicialmente, acreditou-se serem os fatores
que iriam compor a autoavaliação. Na segunda fase, a pesquisa passou a ser do tipo survey,
avaliando as 4.920 disciplinas, pelos discentes dos 239 cursos de nível superior da Universidade
Federal de Santa Maria. A análise dos dados, por meio da estatística descritiva, demonstrou que
os discentes estão bastante satisfeitos com o empenho, o envolvimento, a disponibilidade e as
habilidades do professor durante o período pandêmico. Como também acham que as aulas
síncronas contribuíram para aprendizagem, e as atividades propostas estavam condizentes com
o nível de dificuldade dos conteúdos apresentados. Além disso, avaliaram positivamente a
sequência das disciplinas no curso, compreendendo a relevância e a representatividade delas na
formação e na vida profissional. Na terceira etapa do estudo, foram utilizadas técnicas da análise
fatorial exploratória, fatorial confirmatória e da modelagem de equações estruturais. E durante a
proposição do modelo por meio de testes que buscaram analisar a confiabilidade e a validade
das dimensões, o fator Ensino não alcançou validade discriminante e demonstrou coeficientes
insatisfatórios, resultando no agrupamento à dimensão Professor. Para o novo modelo proposto,
a dimensão Professor teve maior peso geral, e os itens que tratam sobre a satisfação com o curso
e a relevância das disciplinas na formação discente foram os mais significativos na avaliação
geral. É pertinente expor que, por meio da comparação de modelos concorrentes, a escala criada
demonstrou-se mais parcimoniosa em relação ao modelo hipotético unidimensional. Finalizouse a pesquisa com o desenvolvimento de uma metodologia para a aplicação da escala de
avaliação discente para o ensino emergencial, que poderá ser utilizada de forma simplificada
por qualquer pesquisador, agente ou gestor das instituições, ou ainda qualquer interessado.
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