Análise da influência de vigas de transição sobre os efeitos de segunda ordem globais de torção em edifícios de concreto armado
Resumen
O crescimento populacional, econômico e o avanço tecnológico permitiram a construção de edificações múltiplos pavimentos de elevada altura e esbeltas. Estas edificações, de modo geral, possuem critérios de dimensionamento que exigem maior atenção em relação a sua estabilidade e conforto dos usuários, sendo um destes necessidade da avaliação da torção destes edifícios. A maioria dos arranjos arquitetônicos atuais tem em sua proposta a abertura de grandes vãos, que são comuns em áreas de lazer ou em garagens. Deste modo, é ampliado o uso da solução construtiva da viga de transição sobre as quais nascem pilares que irão atender os pavimentos superiores e que tem em sua característica grandes dimensões e configurações de armadura a fim de resistir aos esforços gerados, comumente de grande magnitude. A verificação dos efeitos globais de segunda ordem, é uma análise importante para garantir a estabilidade e conforto dos usuários. A norma NBR 6118:2014 especifica os métodos de verificação desses efeitos, mas os métodos sugeridos levam em conta apenas deslocamentos translacionais dos pavimentos, o que pode causar problemas na análise dos efeitos causados por deslocamentos rotacionais. Franco (2003) apresentou um método simplificado para análise desses efeitos, levando em conta o coeficiente γθ. Neste trabalho, foi avaliada a influência do posicionamento das vigas de transição nos efeitos de segunda ordem globais relacionados à torção de edifícios esbeltos, através do uso do coeficiente γθ. Foram analisados 4 modelos de prédios diferentes, todos com 40 pavimentos e altura de 120 metros, mas sendo 2 modelos com geometria regular e 2 modelos com geometria irregular. Um dos modelos de planta regular e um de planta irregular contavam com núcleo rígido (pilares parede). As vigas de transição foram localizadas no primeiro pavimento das edificações, na posição dos pórticos das fachadas, de modo a simular seu uso comum em aberturas. Os resultados indicaram que para a maioria dos modelos que apresentavam plantas regulares tiveram diminuição do valor do coeficiente γθ com a disposição de vigas de transição, enquanto para os modelos com plantas irregulares, a utilização da viga de transição causou o aumento do mesmo coeficiente. A análise também indicou que os modelos com núcleo rígido em sua planta tiveram um aumento do valor do coeficiente γθ quando posicionadas as vigas de transição.
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- TCC Engenharia Civil [272]
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