O cuidado no cotidiano de adolescentes com necessidades especiais de saúde: implicações para a enfermagem
Visualizar/ Abrir
Data
2017-10-06Primeiro membro da banca
Motta, Maria da Graça Corso da
Segundo membro da banca
Costenaro, Regina Gema Santini
Terceiro membro da banca
Okido, Aline Cristiane Cavicchioli
Quarto membro da banca
Souza, Neila Santini de
Quinto membro da banca
Ribeiro, Aline Cammarano
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Estudo descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, pautado no referencial Freireano.
Objetivou-se compreender o cotidiano de cuidado de adolescentes com necessidades especiais
de saúde. E os objetivos específicos foram: Conhecer de que forma ocorre o cuidado no
cotidiano de adolescentes com necessidades especiais de saúde; Conhecer o movimento
emancipatório de adolescentes com necessidades especiais de saúde; Descrever a rede social de
adolescentes vivendo com necessidades especiais de saúde. A coleta de dados ocorreu entre os
meses de setembro a novembro de 2016 em um ambulatório pediátrico de um hospital
universitário no sul do Brasil por meio de entrevista semiestruturada e construção do genograma
e ecomapa. Os participantes foram 35 adolescentes entre 12-18 anos de idade, atendidos no
ambulatório pediátrico, com algum tipo de demanda de saúde que conhecessem seu diagnóstico
e verbalizassem. O corpus do estudo foi composto pela transcrição das entrevistas e foi
submetido à análise de discurso pechetiana. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob o Parecer 1.673.887. As categorias
analíticas, que apresentam o cotidiano de cuidado do adolescente e a conformação das redes
social e de cuidado, conduziram a formulação da seguinte tese: o adolescente com necessidades
especiais de saúde é um ser de relações sociais, fazedor de história e cultura, e tem a vocação
para ser sujeito no mundo. Este adolescente dá sinais de emancipação, opressão, alienação e
adaptação em seu cotidiano. A emancipação leva a ser mais (na perspectiva Freireana), e revela
que o adolescente não está na posição de submissão pela sua condição de saúde, mas, busca ser
(re)conhecido como adolescente. Concluiu-se que o cuidado no cotidiano deste adolescente
começa na infância, e a família se reorganiza/reconfigura para cuidá-lo. Ao chegar na
adolescência, dá sinais de emancipação quando rejeita a opressão que a necessidade especial de
saúde lhe impõe, assumindo o protagonismo de seu cuidado. A emancipação nega a posição de
submissão pela sua condição de saúde, leva o adolescente a ser mais, e este almeja ser
reconhecido como sujeito no mundo. As implicações para a prática de Enfermagem perpassam
pelo (re)conhecimento da existência deste grupo de adolescentes e suas demandas de saúde que
começam na infância e estendem-se à adolescência bem como a importância da família nesse
processo de cuidado. Os achados deste estudo indicam a premência da inclusão e fortalecimento
desta temática no processo formativo em Enfermagem e Saúde, assim como suscita outras
propostas de pesquisa e extensão.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: