Distúrbios do sono, risco de disfagia e impacto no estado de saúde em indivíduos com DPOC
Resumo
Introdução:A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença prevenível e tratável. Mesmo
sendo uma doença tratável a limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associado
a uma resposta inflamatória dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos. Objetivo:
Avaliar e relacionar a ocorrência dos sintomas indicativos de sonolência diurna, risco de
disfagia e impacto no estado de saúde em indivíduos com a doença pulmonar obstrutiva crônica.
Metodologia: Participaram 37 indivíduos com diagnóstico espirométrico de DPOC leve a muito
grave (VEF1 56,6±24,9), destes, 19 (51,4%) do sexo feminino e 18 (48,6%) do sexo masculino
atendidos no programa de reabilitação pulmonar. Os critérios de inclusão foram Diagnóstico
espirométrico com os critérios do Global Initiave for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD)
VEF1/CVF<70 (volume expiratório forçado no primeiro segundo/capacidade vital forçada), estáveis
no momento das avaliações e exclusão: Coexistência de condição neurológica; Exacerbação aguda que
requer internação hospitalar ou uso de corticoide sistêmico precedendo 4 semanas. Todos foram
avaliados em relação ao diagnóstico pelo exame espirométrico, composição corporal pela
bioimpedância elétrica e mensuração das circunferências do pescoço, cintura, abdômen e
quadril, avaliação da sonolência pelo instrumento Epworth (ESE) e risco para Apneia
Obstrutiva Sono (AOS) pelo questionário de Berlin (QB), avaliação dos sintomas de disfagia
pelo Questionnaire for Dysphagia Screening (QDS) e por fim o impacto no estado de saúde
avaliado pelo teste COPD Assessment Test™– (CAT). Resultados: Distúrbios do sono
presentes em 14 (37,8%), risco para AOS 23 (62,2%), o risco para disfagia foi prevalente
independente da gravidade da DPOC e impacto moderado no estado de saúde (19,4±8,9). O
QDS se relacionou positivamente e forte com CAT (r=0,53; p =0,001) e moderadamente com
o Epwhort (r=0,42; p=0,01). Os resultados mostraram que os indivíduos apresentaram
sobrepeso (IMC 26,3 ± 5,5); DPOC moderada 11 (29%) e grave 12(32,4%) foram prevalentes.
Conclusão: Dados do estudo apontam que distúrbios do sono e de deglutição foram prevalentes
nos indivíduos com DPOC, ademais, o risco para disfagia se relacionou com o impacto no
estado de saúde e com a sonolencia diurna.
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