Revisão sistemática e metanálise do efeito analgésico do ácido alfa-lipóico em estudos clínicos e atividade antinociceptiva em um modelo de SDCR tipo I
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Fecha
2023-02-10Primeiro coorientador
Santos, Gabriela Trevisan dos
Primeiro membro da banca
Nascimento, Patrícia Severo do
Segundo membro da banca
Bochi, Guilherme Vagas
Terceiro membro da banca
Zambelli, Vanessa Olzon
Quarto membro da banca
Silveira, Paulo Cesar Lock
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A dor crônica é um tipo comum de dor incapacitante, que pode ou não relacionar-se a outras patologias. Sabe-se que o estresse oxidativo gera compostos que ativam canais iônicos, que estão relacionados ao aumento da dor e neuroinflamação. Nessa visão, o tratamento com antioxidantes se destaca, uma vez que é observada a liberação de radicais livres tanto na polineuropatia diabética quanto na SDCR-I.. O composto ácido ɑ-lipóico (ALA) é um potente antioxidante que possui efeito analgésico no tratamento de diferentes tipos de dor. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática e metanálise sobre a eficácia do composto ALA no controle da dor crônica. Avaliar a atividade antinociceptiva e o efeito sobre a neuroinflamação em um modelo de SDCR I. Para tanto, a revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes da lista de verificação do PRISMA 2020 para relatórios de dados, e registrada no PROSPERO (CRD42021261971), ao final da busca foram selecionados 16 ensaios clínicos randomizados para estudo. Os resultados encontrados na revisão sistemática evidenciaram o uso do composto ALA em sintomas de dor induzida principalmente para polineuropatia diabética. A metanálise foi realizada apenas com estudos sobre polineuropatia diabética, onde em comparação com o grupo placebo o grupo tratado com o composto ALA diminuiu a pontuação total de sintomas (TSS), um tipo de medida de dor. No entanto mais estudos devem ser realizados com a finalidade de padronização do tempo de tratamento e da dose, a fim de avançar para a aprovação do composto ALA para tratamento clínico na polineuropatia diabética. Para o estudo in vivo foram utilizados camundongos C57BL/6 machos para induzir dor crônica pós-isquemia (CPIP), um modelo de SDCR-I. A indução de alodinia mecânica (teste de von Frey) e ao frio (teste da acetona), parâmetros locomotores (testes de cilindro giratório e campo aberto) e o comportamento de construção de ninho foram avaliados. Além disso, 16 dias após a indução de CPIP ou controle, o estresse oxidativo (níveis de peróxido de hidrogênio, atividade de NADPH oxidase e superóxido dismutase) ou neuroinflamação (Iba1, Nrf2 e Gfap) foram observados. O tratamento repetido com ALA (100 mg/kg) por via intragástrica por 15 dias após CPIP reduziu a alodinia mecânica e ao frio induzida por CPIP e restaurou a capacidade de construção de ninho sem causar alteração locomotora. O tratamento reduziu a atividade da superóxido dismutase e da NADPH oxidase e a produção de peróxido de hidrogênio. A neuroinflamação induzida por CPIP na medula espinal foi associada à ativação de astrócitos e Nfr2 elevado, que foram reduzidos por ALA. Assim, o tratamento repetido com ALA foi capaz de tratar a nocicepção reduzindo o estresse oxidativo e a neuroinflamação associada a um modelo de SDCR-I em camundongos.
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