Qualidade do sono, fadiga e qualidade de vida de profissionais da saúde mental na pandemia de Covid-19
Fecha
2023-03-07Primeiro coorientador
Siqueira, Daiana Foggiato de
Primeiro membro da banca
Greco, Patrícia Bitencourt Toscani
Segundo membro da banca
Freitas, Etiane de Oliveira
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: O trabalho em saúde mental é repleto de desafios. Tendo em vista a complexidade
que envolve o contexto laboral, os profissionais ficam susceptíveis a repercussões físicas e
biopsicossociais advindas do processo de trabalho. Especialmente durante a pandemia de Covid19, aspectos como o sono, a fadiga e a qualidade de vida podem ter sido afetados. O objetivo deste
estudo foi avaliar a relação entre a qualidade do sono, fadiga e qualidade de vida de profissionais
de serviços de saúde mental na pandemia de Covid-19. Método: Trata-se de uma pesquisa
quantitativa do tipo transversal e correlacional. Os participantes foram profissionais de saúde que
atuavam em serviços públicos de saúde mental da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio
Grande do Sul, durante a pandemia de Covid-19. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2021 a
julho de 2022, presencialmente e online. Foram utilizados para a coleta de dados questionário
sociolaboral e de saúde, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, o questionário 12-Item ShortForm Health Survey e a Escala de Avaliação da Fadiga. Realizou-se análise descritiva e inferencial
com auxílio de um software estatístico, considerando estatisticamente significativo p<0,05. Os
aspectos éticos foram respeitados. Resultados: Participaram do estudo 141 profissionais de saúde
que atuavam em Centros de Atenção Psicossocial e hospitais com leitos de Saúde Mental, com
idade entre 19 e 66 anos, média de 38 anos (±10,7), prevalência de carga horária semanal de até 40
horas (n=103, 73%) e mediana de 4 anos de tempo de trabalho. Foi identificada associação
significativa entre a má qualidade do sono e as variáveis afastado do trabalho por doença nos
últimos 6 meses (p=0,023), cansado ao final da jornada de trabalho (p=0,011), tratamento de saúde
(p=0,012) e fadiga alta (p=0,006). A fadiga alta associou-se a sentir-se frequentemente/sempre
cansado ao final da jornada de trabalho (p=0,017). O comprometimento da qualidade de vida física
relacionou-se de maneira significativa com a ausência de realização de atividades de lazer durante
a semana (p=0,044), e o comprometimento da qualidade de vida mental, ao uso de medicação
(p=0,008). Houve correlação entre a qualidade do sono e a fadiga, e entre a fadiga e o componente
mental da qualidade de vida. Conclusão: O trabalho nos serviços de saúde mental predispõe o
profissional a má qualidade do sono, o que implica na fadiga alta. Profissionais com pior qualidade
do sono associaram-se a maior nível de fadiga, e profissionais com fadiga alta associaram-se a pior
qualidade de vida mental. Identificou-se a prevalência de má qualidade do sono, fadiga alta e
comprometimento da qualidade de vida nos componentes físico e mental. Contribuições para a
enfermagem: O estudo contribui para a construção do conhecimento em enfermagem, pois
apresenta questões atuais referentes ao trabalho durante a pandemia de Covid-19, e permite refletir
sobre aspectos inerentes à saúde do trabalhador, especialmente, no campo da saúde mental.
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador. Saúde Mental. Sono. Fadiga. Qualidade de vida.
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