Influência do estresse térmico na secreção de interferon tau por embriões bovinos produzidos in vitro: alteração na expressão gênica em células luteais
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Data
2023-03-09Primeiro membro da banca
Bridi, Alessandra
Segundo membro da banca
Leonardi, Carlos Eduardo Porciuncula
Metadata
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Entre os principais fatores que afetam diretamente a eficiência e a rentabilidade da
cadeia produtiva de ruminantes, está a influência do ambiente, genética e sanidade dos
animais. A redução das taxas de concepção durante os meses de calor pode ser de 20 a 30%
comparado aos meses de conforto térmico. A influência do estresse térmico na redução da
fertilidade é um problema de ordem multifatorial, comprometendo o funcionamento de
diferentes tecidos e tipos celulares. O estresse térmico impacta diretamente no período de
desenvolvimento embrionário inicial, na formação e desenvolvimento do corpo lúteo
competente e no reconhecimento materno da gestação. Este é o período que ocorre nos
primeiros dias após a fecundação, onde o concepto sinaliza sua presença para a mãe buscando
aumentar a vida útil do corpo lúteo, evitando a luteólise ao bloquear a síntese de
prostaglandina F2 alfa. Sabe-se que embriões bovinos sintetizam e secretam IFNT tão cedo
quanto o dia 07 de desenvolvimento, e que embriões submetidos ao estresse térmico, In Vitro
reduzem a produção de IFNT no dia 7 de desenvolvimento embrionário. Nossa hipótese é que
a via de sinalização do IFNT em células luteais é alterada em decorrência da menor produção
de IFNT pelos embriões bovinos submetidos ao estresse térmico. Nosso objetivo foi avaliar a
resposta de um cultivo primário de células luteais bovinas cultivadas com meio condicionado
de embriões produzidos in vitro sob estresse térmico. Após o estresse térmico dos embriões
produzidos in vitro, conforme descrito por Amaral et al, (2020). O primeiro experimento foi
realizado com o objetivo de avaliar a resposta das células luteais bovinas tratadas com
diferentes doses de roIFNT, sendo elas 0ng, 0,1ng e 1ng de roIFNT, onde o meio era
composto de 60% DMEM e 40% SOF + roIFNT. Já o segundo experimento buscou avaliar o
efeito do meio condicionado dos embriões estressados sob o cultivo primário de células
luteais bovinas, sendo os grupos: sem influência dos embriões (NE), grupo mantido sob
temperatura normal de cultivo In Vitro de embriões (EC), grupo estressado durante a fase de
maturação In Vitro (IVM), grupo estressado durante a fertilização In Vitro (IVF), grupo
estressado durante o cultivo In Vitro (IVC) e o grupo que foi submetido ao aumento de
temperatura em todas as fases da produção In Vitro de embriões (MFC). Concluímos que o
meio condicionado de embriões submetidos ao estresse térmico durante o desenvolvimento
embrionário, foi capaz de alterar a expressão de genes estimulados por IFNT em cultivo
primário de células do corpo lúteo bovino, nas 6 horas. Além de alterar a expressão de genes
relacionados a angiogênese, nas 18 horas.
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