Análise de riscos de radiação não-ionizante em sistema de transmissão de energia elétrica
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Data
2005-03-18Autor
Rodrigues, Luiz Fernando da Luz
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A radiação eletromagnética é a propagação de energia, produto da
combinação de campos elétricos e magnéticos variáveis em tempo e espaço,
que viajam no vácuo ou no ar à mesma velocidade da luz. A radiação é
classificada segundo o valor da freqüência na qual se propagam as ondas
eletromagnéticas. Percebe-se que equipamentos como televisores, rádios e
telefones celulares, entre outros, localizam-se na faixa de freqüência
considerada não-ionizante, significando que a energia emitida não é forte o
suficiente para produzir íons em sua passagem pela matéria, ou seja, é
incapaz de extrair elétrons de átomos e moléculas. O processo de quebra dos
enlaces químicos das moléculas é conhecido como ionização. É o que
acontece na faixa de freqüência dos raios-X e raios gama UV-A. Neste caso,
há danos comprovados à saúde, com alterações genéticas e efeitos somáticos,
provenientes das alterações produzidas pela ionização molecular, incluindo o
DNA. A radiação não-ionizante não causa efeitos como esse. Seu principal
efeito biológico é térmico, quer dizer, o aquecimento dos tecidos como
resultado da absorção de energia eletromagnética. Os limites para a exposição
segura à radiação eletromagnética são estabelecidos por organismos
governamentais e/ou internacionais através de normas. As normas são
baseadas nos resultados das pesquisas científicas realizadas na área. Elas
definem quais são os níveis máximos para exposição segura à radiação. No
nosso caso esses limites estão estabelecidos pelas agências reguladoras do
setor elétrico a ANEEL e da telefonia a ANATEL. Todos os equipamentos
devem cumprir essas normas, ao serem fabricados e instalados para
funcionamento. Neste trabalho, se investigam os efeitos da radiação nãoionizante
produzidos na transmissão de energia elétrica, especialmente os
riscos ligados às linhas de transmissão e subestações, cujo problema
exemplo, é a subestação da Companhia Energia Elétrica Estadual de Santa
Maria. Nesta subestação são analisadas as linhas de 230, 138 e 69 kV. Os
resultados indicam que os níveis de campo elétrico e campo magnético
puderam ser avaliados de forma teórica, restando a possibilidade de um futuro
estudo de medidas experimentais desses campos, o que permitirá à
companhia desenvolver estratégias de segurança tanto para os trabalhadores
do setor como para o público, com a definição de áreas de domínio e
distâncias mínimas de trabalho na rede nos trabalhos em linha viva.
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