Ponto de compensação anaeróbico para o armazenamento de maçãs ‘Maxi Gala’ em atmosfera controlada dinâmica e sua relação com o nível de CO2
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Data
2020-02-21Primeiro membro da banca
Both, Vanderlei
Segundo membro da banca
Weber, Anderson
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Mostrar registro completoResumo
No armazenamento de maçãs por longos períodos, o método de atmosfera controlada
dinâmica (ACD) monitorada pelo quociente respiratório (ACD-QR) teve sua eficácia atestada
quando comparado à atmosfera controlada (AC) convencional, com e sem a aplicação de 1-
metilciclopropeno, com maior concentração de compostos voláteis que compõe o aroma da
maçã se comparado a ACD monitorada pela fluorescência de clorofilas (ACD-FC). Porém,
este método é dependente de um equipamento para determinação do QR, o que onera esta
técnica de armazenamento. Assim, objetivou-se desenvolver uma tecnologia mais prática e de
menor custo que possa ser aplicada a nível comercial. Para tanto, foram conduzidos dois
experimentos testando um método baseado no ponto de compensação anaeróbico (PCA), onde
apenas a respiração das maçãs é utilizada para determinar o limite mínimo de oxigênio
(LMO) tolerado pelos frutos. Este método foi comparado ao método do ACD-QR 1,3, ACDFC e AC convencional (1,2 kPa de O2 + 2,0 kPa de CO2), com e sem a aplicação de 1-
metilciclopropeno (1-MCP). Também foi avaliado o efeito de diferentes pressões parciais de
CO2, combinados à tecnologia de PCA. No experimento I, com pressão parcial de 1,2% de
CO2 nas ACDs, foram comparados AC convencional, com e sem a aplicação de 1-MCP,
ACD-FC e ACD-QR 1,3, com o tratamento de ACD-PCA. No experimento II, foram
comparados os efeitos das pressões parciais de 0,4; 1,2; 1,6; e, 2,0 kPa de CO2 utilizadas no
armazenamento em ACD-PCA com AC convencional e ACD-FC (1,2 kPa CO2) sobre a
conservação das maçãs. Os frutos foram avaliados após nove meses de armazenamento em
2,0 °C, mais 7, 14 e 21 dias de vida de prateleira à 20 °C. No artigo 1, as condições de ACDFC, ACD-QR, ACD-PCA e AC +1-MCP mantiveram baixa produção de etileno e maior
percentual de frutos sadios até os 14 dias de vida de prateleira. Após 21 dias, ACD-QR 1,3 e
ACD-PCA mantiveram maior número de frutos sadios. Após 7 dias de vida de prateleira,
maçãs armazenadas em AC mantiveram maior concentração de importantes compostos do
aroma de mutantes ‘Gala’ como o de acetato de 2-metila e acetato de hexila, a ACD-PCA
manteve maior concentração acetato de hexila se comparado a AC+1-MCP, ACD-FC e ACDQR 1,3, porém inferior a AC. ACD-PCA manteve maior concentração de (E)-2-hexenal, e
ACD-QR 1.3 e ACD-PCA manteviveram maior concentração de 2-metil-butanal após 14 dias
de vida de prateleira. No artigo 2, o armazenamento em ACD-PCA com 1,2 e 1,6 kPa CO2
resultou em maior manutenção da firmeza de polpa, frutos sadios, menor incidência de polpa
farinácea após 14 e 21 dias de vida de prateleira e menor concentração interna de etileno aos 7
dias de vida de prateleira quando comparados a AC, ACD-FC, ACD-PCA com 0,4 e 2,0 kPa
de CO2. Maçãs armazenadas em apresentaram maior incidência de polpa farinácea, em
consequência da alta respiração, concentração interna de etileno e atividade da enzima ACC
oxidase, além da menor mautenção de frutos sadios.
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