Análise cinemática da corrida de jovens velocistas
Resumo
As corridas de velocidade vêm sendo freqüentemente estudadas
desde há algum tempo, mas, os estudos realizados são desenvolvidos
quase exclusivamente com atletas adultos de elite mundial, sendo pouco
desenvolvidos com atletas mais jovens. O presente estudo teve como
objetivo analisar as características cinemáticas de jovens velocistas da
cidade de Santa Maria e região na fase de velocidade máxima da corrida.
Fizeram parte deste estudo 7 atletas, 4 do sexo masculino e 3 do sexo
feminino, com idades entre 14 e 18 anos, praticantes da modalidade
atletismo, especificamente das provas de corridas de velocidade. A
análise cinemática foi realizada através da videografia tridimensional,
sendo utilizado para esse fim o sistema Peak Motus, com 2 câmeras com
freqüência de aquisição de imagens de 180Hz. A coleta de dados foi
realizada nas dependências do Centro de Educação Física e Desportos
(CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no município de
Santa Maria – RS. Foram filmados e analisados os movimentos de um
ciclo completo da passada (3 apoios consecutivos). Os sujeitos
masculinos percorreram uma distância de 40 metros e os sujeitos
femininos percorreram uma distância de 30 metros. Cada sujeito realizou
três tentativas. Os resultados mostraram que os jovens velocistas apesar
de apresentarem semelhanças entre resultados e comportamentos em
algumas variáveis, comparadas com atletas de alto nível técnico, as
variáveis cinemáticas da corrida que estão mais relacionadas com a
performance, segundo os autores, apresentaram-se, em sua grande
maioria, aquém dos valores reportados na literatura para atletas adultos
de elite. Tais variáveis, como amplitude e freqüência da passada, que tem
relação direta com a velocidade foram inferiores nos jovens velocistas,
bem como as variáveis tempo da fase de suporte e tempo da fase aérea,
consideradas importantes preditores da performance pelos autores. O fato
é que muitas das diferenças encontradas podem estar associadas à
algumas deficiências nas capacidades condicionais como força e
flexibilidade, natural em jovens com poucos anos de treinamento, mas
que podem ser aprimoradas em função de um maior tempo de
treinamento dos jovens velocistas, como é o caso de atletas adultos.
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